Numa das salas da sede da OAB subseção-Marabá, a advogada Maria do Socorro Milhomem Abbade (foto) utiliza um dos computadores do local, produzindo uma peça jurídica.

De repente, adentra o ambiente o presidente da OAB-Marabá, Haroldo Wilson Gaia Pará, aproximando-se da baia onde se encontra a advogada usando o computador.

– “Como vai o escritório”, perguntou o dirigente da entidade, dirigindo-se à Socorro Abbade, que calmamente deu alguma resposta imaginando a interpelação de Haroldo referir-se ao escritório de advocacia da própria causídica  – conforme relato de um advogado que se encontrava no local e presenciou tudo.

 

– “Não, estou me referindo a este escritório aqui”, teria reagido Gaia, aos gritos, sustentando que Socorro estaria usando a sala como se ali fosse o escritório dela.

Conta testemunha que Haroldo Gaia (foto) não parou por ai.

“Aos gritos, ele continuou humilhando verbalmente a colega ao dizer que iria fixar uma placa determinando o tempo de uso do computador, pela advogada, de “30 minutos”.

A conhecida advogada marabaense teve abrupta reação de quase desfalecimento, chegando aos prantos, conforme narram advogados que se encontravam no local,  e que assistiram ao lamentável episódio.

Levada a uma clínica localizada na VP-8, próximo a sede da OAB,  a pressão arterial medida de  Socorro Abbade teria registrado 17 X 10.

Medicada, a advogada foi em seguida levada à sua residência pelo próprio médico que a atendeu na clínica.

O fato ocorreu na manhã de quinta-feira, 25.

Nesta sexta-feira, 26, Socorro Abbade disse que já interpôs  uma Representação Disciplinar na OAB-Pará, na qual ela narra a contextualização dos fatos e diz ter sido “humilhada” pelo presidente da subseção.

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Atualização às 23:51

Em verdade o fato ocorreu  na sala da OAB disponibilizada no Fórum de Justiça de Marabá.