– “O que estão fazendo com a nossa Universidade Federal é ato de total irresponsabilidade. Cortar 40% de seu orçamento significa inviabilizar o funcionamento dos diversos cursos oferecidos pela Unifesspa. Hoje, ao me deparar com uma matéria de jornal mostrando o verdadeiro risco desse contingenciamento de recursos inviabilizar o dia a dia da universidade, fiquei triste e muito preocupado. Temos que nos mobilizar, convocar lideranças de classe, montar uma força-tarefa… O reitor Maurílio Monteiro esteve numa sessão da Câmara expondo a situação, e isso mobilizou alguns colegas parlamentares. A mesa diretora de nosso legislativo também disponibiliza sua voz  a favor da Unifesspa”.

 

Desabafo é do presidente da Câmara de Marabá, vereador Pedro Correa, numa conversa com o blogueiro na manhã desta quinta-feira, revelando-se muito apreensivo em relação ao futuro da Unifesspa depois que o Ministério da Educação cortou 40% do orçamento de 2019.

O próprio Pedro foi quem provocou o assunto ao perguntar se o blogueiro estava acompanhando de perto os debates em torno do assunto.

Demonstrado estar bem informado a respeito da verdadeira situação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, o presidente da Câmara disse que o futuro da instituição corre sérios riscos.

“A Unifesspa tem apenas 6 anos de existência, oferecendo cursos para  5.144 alunos matriculados, e quando um governo bloqueia R$ 6,7 milhões do orçamento de custeio e outros R$ 6,4 milhões do orçamento para investimentos, a instituição está correndo sério risco”, explica, com ar de revolta, o presidente da Câmara.

Pedro Correa disse que a Unifesspa, diante do bloqueio dos recursos, começou a paralisar diversas ações internas.

“Só para você ter ideia, estão suspensas a  compra de livros para o acervo bibliográfico, aquisição de materiais, mobiliário e equipamentos para laboratórios de ensino e pesquisa, e, o que é pior, apoio a eventos acadêmicos e programas de pós-graduação”, denuncia Pedro.

Correa reforça a importância da Unifesspa ao citar que tomou conhecimento de que a instituição ofertará cursos para municípios onde não há campus instalado, levando ensino superior público, gratuito e de qualidade.

“Por exemplo, acabo de ser informado de que nossa universidade vai ofertar  curso de Engenharia Civil, em Redenção e curso de Direito, em Mocajuba, cidades onde ela não tem presença física. Isso é muito importante, é o comprometimento  da instituição de ensino universitário na  formação crítica de cidadãos”, revelou.

Para ele, “é preciso, toda a sociedade, todos aqueles que sonham num futuro melhor, estar atentos para debater o enfrentamento a esse contingenciamento”.

E vai mais adiante.

“Esse é o tipo do momento que requer o envolvimento de todos, não apenas de prefeitos, vereadores e  membros da universidade. Todos os segmentos da sociedade, lideranças de classe, devermos nos unir em torno de uma grande jornada de virgília, levando nosso grito pela sobrevivência da Unifesspa”, finalizou Pedro Correa.

O presidente da Câmara Municipal, já na próxima semana, manterá contatos com o Reitor Maurílio Monteiro, para ver de que forma a Câmara Municipal venha a ter inclusão mais efetiva na luta pelo desbloqueio do orçamento da Unifesspa.