Cerca de 200 pessoas dirigiram-se a sede da prefeitura de Marabá, em passeata pelas ruas da cidade, num ato de protesto convocado nas redes sociais, para reivindicações, na tarde/noite de terça-feira.

Já era noite quando o grupo de manifestantes posicionou-se no paço municipal, gritando palavras de ordem.

O  prefeito municipal, que se encontrava trabalhando em seu gabinete naquele horário,  foi até a porta da prefeitura, para receber o grupo de manifestantes, e ouvir suas reivindicações.

Ao chegar à frente do prédio, Salame deparou com  forte aparato de segurança formado, grande parte pela Guarda Municipal. Antes de dirigir-se aos manifestantes, o prefeito determinou que a GM ficasse distante da prefeitura, afastando-a das proximidades dos manifestantes.

Como é de seu feitio, João ouviu atentamente discursos citando uma lista de reivindicações, e depois etiquetou item por item.

Sobre a cobrança de que a prefeitura estaria agilizando a privatização do Hospital Municipal de Marabá, Salame relatou as dificuldades que vem encontrando para gerir, principalmente, a questão de cumprimento de horário por parte dos médicos – e que tem pensando em terceirizar o hospital.

“Só que não farei isso sem um debate amplo com a sociedade. Irei abrir audiências públicas, ouvir o Conselho Municipal de Saúde e demais segmentos da comunidade”, garantiu.

Ao ser cobrado para que reduza a tarifa de ônibus de R$ 2, 00 para R$ 1,80, o prefeito pediu aos manifestantes que apresentasse a ele um estudo sobre a questão. “Convocarei o Conselho Municipal de Transporte para que discuta a reivindicação”, falou.

Também foi cobrado para a realização de eleição  à escolha do novo Conselho Municipal de Saúde, reivindicação que não passa necessariamente pelo prefeito, uma vez que o conselho tem em seu estatuto legislação a respeito da renovação do CMS. “Mas não sou contra, toda renovação é necessária”, disse.

Em relação a reivindicação de eleição direta para escolha de diretores de escola, o prefeito revelou aquilo que já se sabe dele desde a campanha eleitoral, ou seja, sua total defesa do voto direto para escolha de dirigentes.

“Já está marcada para outubro, a eleição direta”, revelou.

Depois da fala do prefeito, manifestantes deixaram o paço municipal.