A Procuradoria Regional Eleitoral no Pará abriu investigação sobre declarações do prefeito de Tucuruí, Sancler Antonio Wanderley, a respeito do eminente despejo das famílias moradoras da Vila Tocantins, em litígio com a Emgea (Empresa Gestora de Ativos), vinculada à Caixa Econômica Federal.

Apesar da falta de manifestação oficial da prefeitura sobre a efetiva aquisição dos terrenos, para surpresa tanto das famílias da Vila Tocantins quanto do Ministério Público Federal (MPF), o prefeito deu declarações a uma rádio local propagandeando que resolveria o problema em 2015. O MPF de Tucuruí conduz negociações para evitar o despejo.

Como a mulher de Sancler Wanderley, Eliana Alves da Silva, é candidata à deputada estadual, o caso pode configurar ilícito eleitoral, pois há indícios de que a promessa estaria vinculada à obtenção de votos para a candidata. Para o MPF, “caso houvesse realmente interesse da prefeitura em adquirir os imóveis, já poderia ter concordado com a proposta da Emgea, apresentado as justificativas jurídicas para dispensa de licitação, ter pago o valor e transferido as casas para os moradores”.

O caso já chegou à Procuradoria Regional Eleitoral em Belém, onde foi aberto um procedimento de apuração.