Comentando o post IDH chinfrin, Ademir Braz vai de com força ao âmago da questão. Sente só:

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Brasil é uma avaliação que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) criou no início da década de 1990 para avaliar o bem-estar de uma população.Três componentes
básicos do desenvolvimento humano são levados em conta nesta avaliação:a longevidade, que também reflete, entre outras coisas, as condições de saúde da população; a educação;a renda; medida pelo poder de compra da população. A metodologia de cálculo do IDH envolve a transformação estas três dimensões em
índices de longevidade, educação e renda, que variam entre 0 (pior) e 1 (melhor), e a combinação destes índices em um indicador síntese.Aplicado a todos os Estados,esta avaliação traçou um perfil socioeconômico bastante revelador do nosso município. Por
exemplo:Entre 1991 e 2000, a população de Marabá teve uma taxa média de crescimento anual de 3.60%, passando de 123.668 (1991) para 168.020 (2000).No mesmo período, a taxa de urbanização diminuiu 3.45, caindo de 82.83% para 79.97%, enquanto encolheu em 23.41% a taxa de mortalidade infantil, passando de 58.18 (por mil nascidos vivos) em 1991 para 44.56 (por mil nascidos vivos) em 2000, e a esperança de vida ao nascer cresceu 3.28 anos, passando de 61.80 anos em 1991 para 65.08 anos em 2000.E numa
demonstração de crescente desigualdade social, a pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 75,50, equivalente à metade do salário mínimo vigente em agosto de 2000), atingiu 44% da população de 168.020
habitantes.Este conjunto de fatores – aumento da população e da pobreza, mais a queda da taxa de urbanização, entre outros – aponta para graves problemas urbanos, principalmente no que respeita à falta de moradia, saneamento básico,acesso de milhares de famílias a serviços públicos como energia elétrica, água tratada, transporte, telefonia, escola etc.Recorda-se que, em 1995, calculava-se um déficit habitacional da ordem de 5.000 moradias apenas na área urbana de Marabá, já submetida a invasões crescentes desde 1974.São frutos dessas invasões os bairros Cidade Nova, Laranjeiras, Liberdade, Independência, Folha 33, 34 e 35, entre tantos outros espaços precariamente incorporados à malha urbana.Ainda assim,permanece como um problema, não devidamente colocado em pauta, a falta urgente de uma política habitacional para a cidade. E poderia estar pior, se o município não tivesse perdido DE GRAÇA terreno e população para as emancipações de Parauapebas, Canaã dos Carajás, Eldorado de Carajás, Água Azul do Norte e Curionópolis – todas, claro, em função dos negócios de Mama Afríca do Rio Doce.
Falar agora em IDH (Ixi, Deixe de História!) avançado como resultado de investimentos em patrimônio imobilizado em mina,transporte e porto concentrados numa só empresa é tirar sarro da nossa cara.