Nem bem a praça Duque de Caxias foi entregue à comunidade, depois de ganhar ampla reforma, transformaram  o equipamento em campo livre de sujeira.

O prefeito Tião Miranda entregou a praça reformada, no sábado noite.

Domingo, 16, quem passava pela praça durante horário noturno, deu de cara com o lixo coletivizado.

Em diversos ponto do logradouro, latas de cerveja e refrigerantes espalhadas.

Sacos de lixo jogados no leito do logradouro propositalmente, sem que os responsáveis por esse ato  incivilizado tivessem o mínimo cuidado em deixá-los em lixeiras ali existentes.

Com os sacos deixados ao chão, minutos depois cachorros cuidavam de espalhar seu conteúdo por toda a extensão do espaço público.

O bonito ponto de lazer reformado pela prefeitura, 24 horas depois de entregue, dominado pela sujeira.

Infelizmente, Marabá acomoda pessoas que não têm o mínimo compromisso em zelar pela cidade.

De nada adiantam apelos de setores da imprensa e do próprio governo municipal em estimular a autorreflexão, para que cada um pense como vem se relacionando com os bens públicos.

Nem mesmo alguns moradores de Marabá sabem a relação que têm com sua cidade, seu bairro, sua rua, qual o papel de cada um na construção de uma cidade com espaços públicos bem conservados.

Lamentavelmente, ainda somos obrigados a registrar esses tipos de comportamento.

O espaço público é o bem mais importante de uma cidade.

É o local onde as pessoas exercem o direito à cidade, é um cenário da vida urbana, do convívio democrático, onde ocorre a troca de experiências.

É importante entender as áreas públicas como uma extensão do privado.

Tem que mudar a visão de que meu espaço é a minha casa e a rua é de ninguém.

As pessoas têm que resgatar essas dimensão humana das áreas públicas.

Ter a consciência de que o espaço é de todos fortalece os laços sociais, a sensação de pertencimento.

Isso estimula muito  iniciativas de cuidado e limpeza do local.

Quando a pessoa sente que o espaço é seu, tende a cuidar e a exercer uma fiscalização que acaba ocorrendo informalmente.

O espaço público é de todos e deve ser preservado.

Ninguém poderá exigir respeito se não respeita o direito dos outros.