Um longo trajeto, o blogueiro trilhou entre Abaetetuba e o local onde começou a movimentação para a início das obras da ponte sobre o rio Meruú.
Não propriamente por causa da distância.
O dia inteiro, chuvas torrenciais cobriam a região.
O blogueiro deixou Abaetetuba às 9 horas da manhã, chegando no quilômetro 100 da PA-151 por volta de 13 horas.
Muita chuva, paradas obrigatórias à margem da estrada e em comunidades pequenas da zona rural da rodovia PA-151, aguardando melhor visibilidade.
O governo do Estado pode estar para realizar o sonho maior para quem mora em Igarapé-Miri, Baião, Mocajuba Baião e uma infinidade de vilas localizadas no eixo as rodovia: a construção de uma ponte com extensão de 600 metros.
Atravessar o rio Meruú sobre uma ponte segura é o anseio de populações do Baixo-Tcantins.
E até do Médio-Tocantins, já que a PA-151 sai da Alça Viária e termina em Jacundá, seguindo sempre paralela a PA-150.
No local da obra, o blogueiro encontrou dezenas de pessoas já contratadas pela empresa vencedora da licitação.
Dia 01 de fevereiro, tempo estiado e o canteiro de obras agitado.
Qual a importância da ponte?
-“Essa obra vai possibilitar a nós que produzimos açaí e a agricultores de modo geral, o transporte de nossas riquezas Esta região é responsável pela maior produção de açaí do Brasil”, responde Lázaro da Cruz, que também vai trabalhar na construção da ponte deixando seus filhos cuidando da extração da fruta.
Quem também comemora o início da construção da ponte é o empresário Jonas Ribeiro Cardoso (foto acima), dono de um comércio em Igarapé-Miri.
– “Essa ponte trará benefícios a todos, à comunidade e ao próprio governo. Aqui no Baixo-Tocantins nós temos potencialidades em diversos setores da economia que não conseguem se firmar como definitiva vocação econômica em função do rio Meruú que separa todos os segmentos produtivos. A construção da ponte vai transformar tudo interligando-nos com mais rapidez aos centros consumidores”, disse o empresário.
Em verdade, a PA-151 cruza importantes municípios do Baixo-Tocantins, a propósito. Quase todos os municípios da mesorregião.
Igarapé-Miri, Mocajuba, Baião, Cametá, Ajuru, Oeiras do Pará Portel, entre outros, serão beneficiados direto pela obra.
Numa área extensa, já estão sendo fabricadas vigas de concreto com extensão de quase 50 metros que serão estendidas no vão que epara os dois lados do rio.
Dando uma esticada pela Pa-151 agora sem chuva, o sol mostrando a cara, o blogueiro checa as obras de recuperação da rodovia.
Cruzamos cerca de 100 km de estrada, em diversos trechos equipes atuando em tapa-buracos
Quando adentramos a PA-151, partindo de Abaetetuba, constatamos a conservação de cerca de 60 km de asfalto.
O governo do Estado não realiza apenas serviços de tapa-buracos e recuperação de longos trechos de pano do pavimento.
Há equipes trabalhando na beira da estrada na retirada de matagal.
O blogueiro fez questão de pedir a opinião do simpático motorista Evandro Kazu, que conversava animadamente com um grupo de moradores.
-“Quando dirigimos um caminhão numa estrada recuperada, como esta que o governo está trabalhando aqui em Igarapé-Miri, é só alegria. Eu tenho quatro meninos pra criar em casa, além da ´patroa´ que fica me esperando, toda vez que eu viajo, com um terço na mão. As estradas do Pará têm melhorado muito nos últimos meses, sinal de que o governo do Estado está trabalhando com seriedade. A PA-151 já merecia este tratamento, e vai ficar melhor ainda se a ponte sobre o Meruú for realmente construída, como estão prometendo”, disse o alegre motorista.
Ao solicitar a ele o registro de um fotografia para publicação no blog, Evandro (foto acima) soltou um largo sorriso, pedindo para “ser fotografado na boleia do meu caminhão”.
A dona de um restaurante à beira da PA-151, onde se encontrava Evandro Kazu trocando prosa, Dolores Lima falou espontaneamente, fazendo questão de dar sua opinião, “desde que não me fotografe”, pediu.
– “Esses serviços de melhorias da nossa rodovia estão sendo feitos com seriedade, sem parar, a não ser quando chove. O que eu acho muito importante é que o chefe da secretaria (Setran – Pádua Andrade) já veio aqui umas duas vezes olhar as obras. Antigamente, ninguém aparecia aqui, a não ser o pessoal das construtoras. Isso é bom porque está havendo fiscalização”, disse Dolores.