A visita da caravana paraense de empresários, técnicos e representantes do governo do Estado ao Porto de Tubarão (Vitória-ES,  e ao município de Serra, ambos no Espírito Santo, é resultado de uma das diretrizes estabelecidas no trabalho que a atual diretoria da Associação Comercial e Industrial de Marabá está desenvolvendo para tentar viabilizar o  pólo metal mecânico no Pará.

A prospecção dos distritos industriais capixabas é parte de sugestões contidas em estudos realizados pelas consultoras DVF e Ed Consultoria, cujo relatório final deverá integrar portfólio regional sobre o pólo que compreende um eixo minerário integrado pelos municípios de Ourilândia/Tucumã, Canaã, Parauapebas, Marabá, Tucuruí e Barcarena.

A agenda da viagem ao Espírito Santo teve início em encontro na sede do SESI/SENAI, estendendo-se posteriormente até a Prefeitura Municipal de Serra, onde caravaneiros receberam informações a respeito do cenário econômico municipal, suas ações para atração de investimentos e outras políticas de desenvolvimento adotadas.

Visitada também a  superintendência de Polarização dos Distritos Industriais, que equivale a Companhia dos Distritos Industriais do Pará. Ali, técnicos locais explanaram aos visitantes  políticas e planejamento de curto,médio e longo prazos, para os distritos industriais das cidades do estado. A ação foi tomada após realização de amplo estudo de identificação vocacional das regiões do estado.

Em seguida, o grupo visitou uma das empresas do setor metal mecânico de referência na região – a BNG, que atua na área de cortes de chapas de aço e montagem industrial – empresa especializada e de grande capacidade de agregação de valores, como emprego e renda.

Posteriormente, visita estendeu-se às instalações da antiga CST, hoje Arcelor Mittal Tubarão, siderúrgica similar a ALPA, com capacidade instalada de produção de 7,5 mi ton/ano, produzindo placas de aço e bobinas a quente. “A empresa ocupa posição de liderança como fornecedora preferencial de aços de alta qualidade e promotora de desenvolvimento sustentável, sendo grande responsável pela estágio de desenvolvimento regional , gerando cerca de 4,6 mil empregos diretos, com receita liquida de U$ 3,478 bi em 2009”, explica, pelo telefone,  Ítalo Ipojucan, presidente da ACIM.

Os paraenses visitaram também a sede da CEDISA, empresa do setor metal mecânico que  atua como indústria e prestação de serviços em corte de chapas,  bobinas e montagem  industrial. Ítalo informa que essa empresa, com estrutura de primeira grandeza, esteve em passado recente prospectando Marabá, por ocasião do I SIMPOMEC. “A Cedisa já definiu seu investimento em Marabá, inicialmente com escritório já sendo estruturado no prédio da VP8 – Amazon Center. Em seguida definirá suas instalações industriais”, garante o presidente da ACIM.

Finalmente, a comitiva visitou o Sindicato das Indústrias do Setor Metal Mecanico, onde foi apresentado aos empresários capixabas os investimentos no Pará,  trabalhos que estão sendo desenvolvidos para atração de investidores na região e também uma apresentação da cidade de Marabá.

Ítalo Ipojucan revela ter ficado impressionado com a desenvoltura do município. “Percebi, em todas as visitas aqui realizadas, algo em comum: compromisso da classe com o processo de desenvolvimento, o que me faz concluir que  estamos no tempo das cavernas. Fiquei triste com o estágio do nosso Pará, depois do referencial que aqui presenciei. Posso assegurar, com tristeza: estamos longe, anos luz do razoável.

Hoje, terça-feira, 20, a comitiva desembarca em Ipatinga (MG), depois em Belo Horizonte, também para visitas aos pólos industriais dos dois municípios.

Fotos feitas no celular de Ítalo Ipojucan mostram instalações da Cedisa, modelo de empresa que atua no pólo metal mecânico e que gera milhares de empregos.

 

Galpão industrial da Cedisa

 

Linha de corte de bobinas

 

Linha de soldas especiais
Metal mecânica