Os números da Covid-19 no Pará ainda são altos, registrando crescimento de 30 mil casos a cada 15 dias.

Só para exemplificar: somente  nos primeiros 15 dias do mês de julho,  quase 30 mil novos casos foram confirmados no Estado.

O mês de julho deve ser finalizado com o Pará contando mais de 180 mil casos confirmados desde o início do combate à pandemia.

A tendência de queda da doença apresentada na Região Metropolitana de Belém (RMB) só deve ser sentida no Pará como um todo mais adiante, nos meses de agosto a setembro.

“A queda mais forte ainda dependerá muito de como cada município está conduzindo seu processo de abertura da economia, de como as medidas de proteção estão sendo aplicadas. Municípios com pouca cobertura de saúde devem tomar muito mais cuidado com o avanço da doença”, diz Yuri Willkens, pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA).

A prova da migração dos casos para o interior é que, enquanto Belém lidera o ranking de 22 mil casos confirmados, o segundo lugar deixou de ser Ananindeua, na RMB, e passou a ser ocupado pelo município de Parauapebas, na região sudeste do Pará, com aproximadamente 13 mil casos confirmados.

Ele diz que a tendência de queda apresentada na Região Metropolitana de Belém (RMB) só deve ser sentida no Pará como um todo mais adiante, nos meses de agosto a setembro. “A queda mais forte ainda dependerá muito de como cada município está conduzindo seu processo de abertura da economia, de como as medidas de proteção estão sendo aplicadas. Municípios com pouca cobertura de saúde devem tomar muito mais cuidado com o avanço da doença”, diz o pesquisador.

A boa notícia é que, como houve um policiamento intenso de lockdown em várias cidades do Pará, dificilmente o interior viverá um quadro semelhante ao que ocorreu em Belém e RMB, com óbitos por conta da sobrecarga total do sistema de saúde. “As estimativas apontam que é muito difícil ocorrer uma situação igual ao que se teve em Belém”, avalia.