Recentemente, alguns veículos de comunicação reproduziram pesquisa encomendada pelo núcleo político que coordena a pré-candidatura a prefeito de Marabá do vice-prefeito Luciano Dias.

Sem apresentar dados exatos, já que a pesquisa, conforme divulgado, destinava-se à análise interna, os resultados teriam colocado Luciano com mais de dez pontos percentuais.

Em relação às pesquisas anteriores, que sempre encontraram o nome do pré-candidato zanzando a cinco pontos de traço, o resultado teria sido “extraordinário”, usando palavra dita por um dos membros da pré-campanha do vice-prefeito.

A divulgação de detalhes da pesquisa teria “animado” alguns que defendem a pré-candidatura daquele que teria o suposto apoio do prefeito Tião Miranda.

Só que a divulgação de alguns dados da pesquisa causou estranheza entre os personagens mais próximos das pré-candidaturas até agora mais bem avaliadas, entre elas as dos deputados Chamonzinho (MDB), Toni Cunha (PL) e Dirceu tem Caten (PT).

“Como é que um pré-candidato, que está há mais de ano aparecendo nas pesquisas com citações que não ultrapassam 5%, de repente, em menos de 50 dias da penúltima pesquisa conhecida, ganha mais de 100% de citações? Qual o fato novo gerador dessa suposta mudança de humor do eleitorado consultado? O que de extraordinário ocorreu nos últimos dias nas hostes da pré-candidatura do Luciano, causador desse crescimento vertiginoso? Nada, absolutamente nada!”, pergunta e responde um vereador simpático à pré-candidatura do deputado Chamonzinho.

As opiniões sobre a “estranheza” causada pela pesquisa avaliam ainda que “o fato novo” surgido no cotidiano da pré-candidatura de Luciano, nos últimos 30 dias,  é de preocupante negatividade.

“A divisão interna na base que estaria servindo de sustentação à pre-candidatura do vice-prefeito chegou a ponto de revelar uma debandada de apoiadores, principalmente entre os familiares do prefeito Tião Miranda, enfraquecendo eleitoralmente  o seu nome. Nos últimos 40 dias, apenas notícias negativas ruíram a base da pré-candidatura”, analisa uma pessoa que defende e trabalha pela pré-candidatura de Toni Cunha.

As contestações aos dados da pesquisa mostrando o  crescimento vertiginoso do nome de Luciano, ganham reforço diante de uma pesquisa,  encomendada por apoiadores de uma das pré-candidaturas oponentes a do vice-prefeito, cujos resultados foram conhecidos no final da última semana , ou seja, quase simultaneamente a pesquisa do vice-prefeito.

Os dados não sofreram nenhuma alteração em relação às pesquisas anteriores. Nesse levantamento, aparecem Chamonzinho,  liderando, seguido de Toni Cunha, Dirceu ten Caten e Luciano, nessa ordem.

Os números são praticamente iguais.

Estranhamente, o nome do empresário Tião Miranda Neto não foi incluído na consulta.

Pelo telefone, o blogueiro ouviu um dono de um instituto de pesquisa, querendo saber dele a possibilidade do nome de Luciano Dias ter sido citado por mais de 10% dos consultados.

A resposta é idêntica a oferecida por outras pessoas, ouvidas em Marabá.

“Nenhuma pesquisa é definitiva. A intenção manifestada por um eleitor em um levantamento realizado em outubro pode não necessariamente se confirmar 40 dias após a entrevista. Também vale sempre lembrar que toda pesquisa tem margem de erro e intervalo de confiança, mas para haver um crescimento de 100% num intervalo de tempo tão curto, sem que tenha surgido um fator determinante capaz de alterar o sentimento do eleitor, é muito difícil ocorrer”, disse.