É alentador a leitura do relatório da pesquisa  realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta os brasileiros liderando  o Índice de Felicidade Futura (IFF), que mede o grau de felicidade das populações do mundo.

Há descobertas interessantes, principalmente entre os jovens, que alimentam sonhos e certezas de conquistá-los.

Essa é a quarta vez consecutiva que o povo brasileiro fica a frente do ranking, feito a partir de dados do Gallup World Poll em 158 países.
Feita com cerca de 200 mil pessoas, a pesquisa realizada em 2011 buscou saber a expectativa de felicidade das pessoas no presente e nos próximos cinco anos. De acordo com a pesquisa, os brasileiros atribuem nota 8,6 numa escala de 0 a 10 para sua felicidade em 2015.

Panamá, Costa Rica, Colômbia, Qatar, Suíça e Dinamarca seguem a lista de países mais felizes e positivos. Já entre os menos otimistas estão Irlanda, em 16º, Reino Unido, em 26º, Itália, em 56º e Alemanha, em 62º. Em crise, Grécia e Portugal estão no final do ranking em 145º e 146º, respectivamente

Ainda segundo a pesquisa, as mulheres brasileiras são mais felizes que os homens. Numa escala de 1 a 10, as mulheres brasileiras tiveram uma média de felicidade de 8,98, contra 8,56 dos homens na expectativa de futuro, e de 6,73 contra 6,54 no presente.

Para o economista da FGV, Marcelo Neri, isso pode ser consequência do maior nível de educação conquistada pelas mulheres nos últimos anos. Ainda segunda Neri a educação traz felicidade porque se traduz em renda e, consequentemente, em uma vida melhor.

Entre as mulheres, as solteiras são mais felizes que as casadas em todos os países pesquisados, mas o índice cai à medida que a mulher envelhece. As que têm filhos menores de 15 anos também são mais felizes do que as que não têm filhos, apontou o estudo.

Nova pesquisa – Para Neri, o termômetro da satisfação das pessoas com as suas vidas é um instrumento útil para a formulação de políticas públicas. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ele contou que um novo estudo, nos mesmos moldes desse último, terá como foco a educação e irá medir a expectativa das pessoas sobre o assunto em cada país.

“Gestores de políticas públicas e pesquisadores têm uma visão muito própria, é preciso ouvir as pessoas, saber por elas próprias o que estão esperando do futuro”, afirmou. A pesquisa, em fase de preparação, será divulgada dentro de três meses.