A luta contra os efeitos colaterais e outras complicações leva, muitas vezes, à desistência do Tratamento Antirretroviral (TARV) utilizado para as pessoas que vivem com HIV e Aids, no mundo todo.

Esse quadro pode mudar.

Pelo menos é o que indica  pesquisa do Mestrado em Biologia Parasitária, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), concluindo que a taxa de adesão a este tratamento é de 70,83% no estado.

De acordo com o orientador da pesquisa, professor Regis Andriolo, esse percentual é superior ao percentual médio de aceitação mundial, que é de cerca de 60%.

A pesquisa resultou em uma dissertação com o tema Adesão ao tratamento antirretroviral altamente ativo em pessoas acometidas pelo HIV/AIDS em uma instituição especializada na cidade de Belém-PA, e foi desenvolvida pela aluna Maria do Carmo Alves, no Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas, a CASADIA.

A aluna, que trabalhou por quase duas décadas em um hospital de referência aos pacientes com HIV, conheceu acompanhou muitos casos de pacientes que desistiram no meio do tratamento, o que acabou lhe motivando a realizar a pesquisa e avaliar a prevalência de adesão à terapia antirretroviral.