Quem informa, de Jacundá, é o repórter Antonio Barroso:
Uma reunião prevista para acontecer na próxima quinta-feira, 1º de maio, a partir das 8h, na cidade de Itupiranga, sudeste do Estado, com pescadores da região à montante da Hidrelétrica Tucuruí pretende discutir os impactos que serão causados ao setor pesqueiro pela derrocagem do Lourenço ao longo de 43 quilômetros de extensão do rio Tocantins, o que tornará o rio navegável para grandes barcaças. Os pescadores temem prejuízos irreversíveis a partir do início das obras, cujo edital de licitação será publicado pelo governo edital, e anunciado pela presidenta Dilma Roussef.
A mobilização pública está sendo convocada pela Colônia de Pescadores Z-58, de Nova Ipixuna. Segundo o presidente da entidade pesqueira, Zacarias Rodrigues da Silva, o encontro pretende reunir os pescadores e moradores ribeirinhos à montante e à jusante da UHE Tucuruí “para um grande evento em protesto contra o governo federal e empresas privadas, como a Vale e outras que serão beneficiadas pela hidrovia Araguaia-Tocantins, a partir da abertura do canal do Pedral do Lourenço”.
Segundo ele, “o setor da pesca e as comunidades ribeirinhas pretendem resistir às imposições do governo federal em executar o derrocamento do pedral do Lourenço, sem antes ser agendada uma reunião exclusiva do setor pesqueiro para uma apresentação mais detalhada do projeto e discussão e recebimento das reivindicações da classe”. Pelos cálculos do líder de pescadores serão impactados mais de 50 mil pessoas ao longo do rio Tocantins, precisamente entre os municípios de Marabá a Tucuruí.
Entre as questões consideradas prejudiciais aos profissionais da pesca e moradores da região do grande lago estão: falta de diálogo com o setor da pesca sobre o projeto, os impactos causados às espécimes piscosas em decorrência da derrocagem – visto que dezenas de espécies de peixes vivem e reproduzem ao longo dos mais de 40 quilômetros de pedral, que impactos serão causados após a abertura do canal? – que ficará reduzido a 120 metros de largura-, como ficará a população ao longo desse trecho, estimado em 50 mil pessoas? que produtos químicos ou equipamentos de destruição de pedras serão utilizados na obra?
Apóiam à iniciativa colônias de pescadores dos municípios de Itupiranga, Jacundá, Novo Repartimento, Tucuruí, Breu Branco, Goianésia do Pará e Central das Colônias de Pescadores da Bacia Hidrográfica Araguaia-Tocantins – CECOAT
CONTATO
Assunto: PROTESTO
Local: Ginásio Poliesportivo Municipal
Município: Itupiranga, Sudeste do Pará.
Data: 1º de Maio de 2014.
Horário: 8h30m
Classe: Pescadores e Moradores ribeirinhos à montante e à jusante da Usina Hidrelétrica Tucuruí.
Contato: Zacarias Rodrigues (Da Silva), Presidente da Colônia Z-58 de Nova Ipixuna.
Informações: (94) 9136-3646
E-mail – copesnip58colonia@hotmail.com
Djalma Guerra
30 de abril de 2014 - 22:16Vai começar a sacanagem contra o derrocamento.