Pedro

Na manhã desta quarta-feira, numa visita informal à Câmara Municipal de Marabá, o blogueiro conversou com vários vereadores, todos envolvidos na organização de seus gabinetes e apresentando assessores.

Num rápido encontro com o presidente do parlamento, vereador Pedro Correa, o titular deste site registrou alguns posicionamentos dele em relação ao que pretende fazer, dirigindo o parlamento nos próximos dois anos.

Em seu gabinete, Pedro Correa  trabalha nos dois períodos  – embora as atividades  da Casa ainda não tenham começado oficialmente.

Mobiliza seu pequeno staff para apressar planejamento direcionado à execução de diversas ações, quando o plenário abrir suas portas – a partir de fevereiro.

Um rápido bate-papo com o solícito parlamentar dá para perceber que ele revela ansiedade para tocar múltiplas atividades,  tendo como centralidade das ações a aproximação do poder legislativo com a comunidade.

“Não compreendo um Legislativo distanciado das pessoas. Somos, aqui dentro, a voz de cada morador da cidade, motivo principal para o encaminhamento de nossas atividades sempre de mãos dadas com a população”, diz.

E como fazer isso?

“Concretamente, iniciativas para isso estão em discussão. Primeiramente, tenho alinhavado ideias aqui com minha assessoria, mas a discussão de como faremos esboço de atuação de forma definitiva virá a partir das conversas que teremos com meus colegas da mesa diretora”, explica.

Implementada em 2016, a Escola do Legislativo receberá atenção especial da nova gestão.

“Tão logo tomamos assento na presidência, tivemos o cuidado  de  indicar uma pessoa que coordenará a escola, porque nós entendemos a importância dela não só para qualificar os vereadores e seus assessores, mas  entidades e cidadãos interessados em aprofundar conhecimentos sobre política e Poder Legislativo”, explana o vereador.

Diante da renovação em larga escala ocorrida na eleição passada (hoje,  15 vereadores novos, ou seja, eleitos pela primeira vez) , a presença na Casa de efetivo em larga escala de assessores novatos exige treinamento e qualificação.

“Nesse sentido, a Escola do Legislativo tem essa função e ganha mais importância. Não apenas qualificar os funcionários da Casa, como também levar qualificação aos bairros, às associações, às comunidades locais, para que possamos estender a atuação do Legislativo, não deixá-lo limitado apenas às atividades externas. A Escola do Legislativo é uma outra ferramenta que podemos usar para fazer a Câmara e seus componentes caminharem de mãos dadas com a comunidade”, avalia Pedro.

Ou seja, na concepção do presidente da CM, mais do que cumprir preceito constitucional, a Escola do Legislativo idealizada, quer marcar compromisso do legislativo de valorizar o contínuo aperfeiçoamento de seus integrantes- e transformar em conhecimento toda informação produzida.

“Nos próximos dois anos, faremos todo esforço para  consolidar a escola como ferramenta de formação de agentes políticos e de educação para a cidadania. Além da formação permanente e educação continuada de todos os que integram o Poder Legislativo de Marabá, através de cursos, oficinas, seminários, palestras, reforço pedagógico”, explica.

Universidades e Judiciário

Pedro Correa sonha em colocar o legislativo em constante sintonia com associações e sindicatos, debater agendas sociais, firmar parcerias entre legislativo e judiciário na promoção de debates de temas de interesse no município, enfim, “escancarar as portas de nossa Casa”.

O vereador-presidente idealiza, também, outra simpática proposta.

“Eu acho que podemos gerar positivas demandas trazendo as universidades para dentro do Legislativo, ouvindo os diversos segmentos da Academia e, claro, abrindo espaço para eles entenderem o nosso funcionamento Dentre os assuntos, que tal realizar, anualmente, uma sessão plenária da Câmara na universidade, com a presença de acadêmicos de cursos como  de Direito e de Gestão Pública?”, pergunta Pedro Correa.

O presidente idealiza ainda propor a participação de universitários nas reuniões semanais das Comissões Permanentes.

“A ideia é que estudantes de diferentes áreas do conhecimento acompanhem os encontros das comissões que interessem ao seu campo de estudo e utilizem as horas de participação, que serão certificadas pela Casa, como créditos escolares complementares”, adianta Correa.

Diante da péssima avaliação pela população da classe política, no rastro dos escândalos de corrupção denunciados ao longo dos últimos meses, Pedro Correa entende ser o momento dos vereadores de Marabá mostrar o quanto nem todos podem pagar pelos erros de outros.

Por isso, diz, a necessidade de colocar o Parlamento  nas cercanias da comunidade.

“A nossa intenção é abrir, de fato, a Casa do Povo ao povo, e a melhor forma de fazer isso é interagindo com os estudantes e a comunidade em geral. Precisamos quebrar algumas barreiras que existem com o meio político e construir boas propostas juntos. Temos uma função social que transcende a qualquer outra questão. Precisamos ter a consciência de que podemos, também, ajudar a formar cidadãos, que por seu turno  ajudarão a construir uma sociedade melhor . Se não trabalharmos em regime de cooperação, teremos mais dificuldades para atingir nossos objetivos como um dos poderes do Município”,  esclarece Pedro.

Finalizando, Correa diz que todas as ideais em gestação serão levadas ao conhecimento dos demais vereadores.

“Somos um colegiado, temos uma mesa diretoria, todos comprometidos com a gestão deste Parlamento. Sem o aval deles, nada disso do que pensamos poderá ser levado adiante. Depois de ouvi-los, anotar o pensamento de cada, definiremos essa agenda”, complementa o presidente.