gilsonSem entrar na discussão sobre o perfil dos atuais comunistas brasileiros – repetindo, en passant, uma das últimas intervenções de Luis Carlos Prestes, antes de morrer, ao dizer  que “os comunistas não tinham partido e o partido não tinha comunistas” -,  o que as urnas revelaram no último domingo, em Marabá, é que o PCdoB municipal  pode comemorar enfaticamente sua performance eleitoral.

A legenda elegeu dois vereadores.

É um feito, analisando-se a proporcionalidade de votos do município em relação aos grandes colégios eleitorais do país.

Belém, como exemplo, com  mais de um milhão de votantes, também elegeu dois vereadores do PCdoB.

Só que Marabá tem apenas  159 mil eleitores.

A façanha deve-se à  forma organizada com que o dirigente da legenda, Gilson Dias (foto acima), tocou a campanha, estruturando-a  em torno de candidatos bons de votos e sabendo otimizar a atuação de cada um nos bairros mapeados.

E o  que torna a eleição de dois vereadores do PCdoB verdadeiramente um feito, é a condição do partido ter encarado as urnas sem fechar coligação.

A legenda foi sozinha atrás de votos, de cara pro vento.

O quociente eleitoral  da eleição de domingo para definir a eleição de vereador foi de 5.600 votos.

rayOs comunistas precisaram dos votos de onze candidatos para eleger um vereador, no caso Frank Athiê (foto ao lado),  o mais votado da legenda, com 1.314 votos.

Os onze primeiros mais votados do partido passaram da soma de 5.600 votos, garantindo o primeiro eleito.

Gilson Dias,  o segundo eleito, somou 1.103  votos – e entrou graças as chamadas “sobras” de votos, numa disputa na qual o PCdoB não fez nenhuma coligação.

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Atualização às 21:00

 

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