Paulo RochaO senador Paulo Rocha (PT) reiterou ontem (19), em seu primeiro pronunciamento na tribuna do Senado, que a prioridade do seu mandato será a luta por obras e serviços que levem o desenvolvimento a todas as regiões do Pará. Ele citou obras como portos, rodovias, ferrovias, ampliação de aeroportos e a criação das universidades federais do Marajó e do Baixo Tocantins.

O senador destacou a necessidade do rebaixamento do linhão de energia de Tucuruí na margem esquerda do rio Amazonas, para beneficiar os nove municípios da chamada Calha Norte (Alenquer, Almerim, Curuá, Faro, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, prainha e Terra Santa).

Ele também defendeu a implantação de um outro linhão que leve a energia gerada em Belo Monte para Santarém. Quanto a Santarém, Paulo Rocha garantiu que buscará a expansão da estação de passageiros e de cargas do aeroporto da cidade.

“Não podemos aceitar que um município com forte vocação para o turismo tenha um aeroporto acanhado e de reduzida capacidade operacional para atender a demanda do fluxo de turismo que acessa às belezas naturais da região, como por exemplo, a praia de Alter-do-Chão ou o encontro das águas do Tapajós com as do rio Amazonas”, disse.

Para a região do Marajó, uma das mais pobres do país, Paulo Rocha pediu a retomada urgente do Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Marajó criado em 2006, mas com poucos resultados concretos.

Segundo Paulo Rocha, a população do arquipélago do Marajó necessita de fortes e diferenciados investimentos nas áreas de saúde, saneamento, educação, transporte, energia elétrica, estímulo à produção pesqueira e agroextrativista, que estão previstos no plano.

Outra cobrança feita pelo senador paraense foi a retomada das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, que viabilizará a hidrovia Araguaia-Tocantins, fundamental não só para o escoamento da produção do Pará, como de parte do Centro Oeste, pelo porto de Vila do Conde, em Barcarena. Quando concretizada, a obra ajudará a reduzir os custos das exportações destinadas aos mercados da Europa e Ásia.

Para a região nordeste, Paulo Rocha destacou a necessidade de viabilizar o porto de Espadarte, em Curuçá, articulado com a ferrovia Norte-Sul. Com esse investimento, de acordo com Paulo Rocha, abre-se perspectivas de desenvolvimento ao Pará e também para toda a região amazônica, que passará a contar com um porto marítimo capaz de receber e exportar mercadorias para o mundo.

O senador reivindicou a conclusão da pavimentação das rodovias Transamazônica e Santarém-Cuiabá, bem como a ampliação da ferrovia Norte-Sul até o porto de Vila do Conde, e a construção da ferrovia de Itaituba até Sinop, no Mato Grosso.

Para Paulo Rocha, além de reduzir distâncias entre a região e o resto do país, essas obras permitirão a geração e aproveitamento dos recursos naturais na própria região.

“Não aceitamos ser tratados como um povo distante que só é lembrado no momento das disputas eleitorais nacionais e nas citações das nossas riquezas naturais. Falo em nome de um povo que exige tratamento igualitário, semelhante ao dispensado às regiões mais dinâmicas do País”, disse.