O senador Paulo Rocha (PT-PA) usou a tribuna do Senado Federal para defender a produção do etanol a partir da batata doce. Por intermédio de uma parceria com a Universidade Federal do Tocantins , parcialmente financiada pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), os pesquisadores desenvolveram uma variedade de batata que pode ser cultivada em toda a Amazônia e com grande teor para etanol. O senador paraense informou que uma empresa privada já desenvolveu e testou as máquinas e equipamentos que vão produzir, em larga escala o chamado “etanol social”. Isso pode ser de grande importância para a agricultura familiar, que tem condições de cultivar a batata em consórcio com árvores frutíferas como cupuaçu, cacau, graviola, mamão ou árvores de essência florestal como mogno, paricá, cedro, andiroba e outras.
Em seu pronunciamento sobre os oito anos após a recriação da Sudam, Paulo Rocha pregou a aprovação da prorrogação dos incentivos fiscais para a Amazônia, já que a atual concessão expira em 31 de dezembro de 2018. Os incentivos fiscais representam a redução de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica como meio de atrair investimentos à região. “Para não gerar insegurança aos empreendimentos já instalados ou em vias de instalação, precisamos aprovar a prorrogação da medida o mais rápido possível”, ressaltou o senador.
Segundo ele, no período de 2007 a 2014 foram aprovados pela Sudam 1.760 projetos de incentivos fiscais em todos os nove estados da Amazônia Legal, disponibilizando R$ 16,5 bilhões. A grande novidade, de acordo com o senador, é que novos setores devem ser incentivados, entre eles, a indústria naval, o transporte rodoviário de carga; o transporte hidroviário (de carga e passageiros), a formação de mestres e doutores, o florestamento, reflorestamento e manejo florestal vinculado à industrialização; além de atividades hospitalares que destinem no mínimo 20% de atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Paulo Rocha lembrou que em 2007, quando deputado federal, foi o relator do projeto que recriou a nova Sudam, extinta em 2001 durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Hoje, oito anos depois, o senador paraense apresentou aos demais senadores um balanço positivo da instituição.
Um dos exemplos citados por ele foi o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), um dos instrumentos da Sudam, que injetou cerca de R$ 4 bilhões na economia regional. Desse total, 82% foram para a infraestrutura de estados e municípios, como a geração e transmissão de energia, a recuperação de rodovias e o fortalecimento da indústria de transformação e das agroindústrias.
Outros exemplos positivos apontados pelo senador foram o Portal de Integração Amazônica que busca aproximar os mercados locais e fortalecer as relações de trocas comerciais dentro da própria região, e o projeto “Mulheres na Construção Civil” que oferece cursos de acabamento e finalização de edificações.
“O saldo desses oito anos de atividades da nova Sudam é animador e nos estimula a ajudar no fortalecimento daquela instituição voltada ao desenvolvimento includente e sustentável da nossa região, bem como a integração competitiva da base produtiva da Amazônia na economia nacional e internacional”, disse o senador.
Apinajé
15 de maio de 2015 - 12:52Boa Garcia!
Além de tudo que você mencionou,se por ventura esse “projeto”fosse pra frente,corríamos o risco de termos a frota mais flatulenta do mundo rs,o que convenhamos,também não seria nada bom para a camada de ozônio.
um abraço.
agenor garcia
15 de maio de 2015 - 08:30Caro Hiroshi,
Sabe daquela parlenda que pergunta assim: doce, qual é o doce mais doce? é o doce de batata doce. Pois é, Paulo Rocha vem aí com um dos projetos mais demagogos existentes no mundo petista. Sabe quanto de terra agricultável seria necessário para dar sustentabilidade e garantir a demanda de consumo de etanol de batata doce? Meio Brasil. Se etanol de cana de açúcar não consegue atingir o nível de equilíbrio entre consumo e produção, com toda tecnologia comprovada, batata doce é demagogia petista da pior qualidade.
A grande novidade da produção do etanol é o aproveitamento de bagaços, palhadas de todas as culturas mecanizadas, gramíneas e massa vegetal das mais diferentes produções agrícolas. Os EUA estão na frente deste projeto. Estão obtendo etanol de diversas espécies de gramíneas, que vai do capim ao bambú. Batata doce..é muita pobreza de espírito.
Agenor Garcia
Gestor Ambiental.