O pastor Tupirani da Hora Lores, preso no ano passado durante a Operação Rófesh, da Polícia Federal,  por crimes de racismo e ódio contra judeus, viralizou nas redes sociais por causa de um vídeo em que aparece pedindo um ‘vírus novo’ para matar os ministros do Supremo Tribunal Federal e deseja a morte de juízes, diretores de escola e prefeitos, pela ômicron, variante do coronavírus.

“Deus, faz cair as diretoras das escolas pelo teu coronavírus. Pelo ômicron. Faz cair, ó Deus os políticos, os prefeitos dessas nações, todos aqueles que têm seus decretos obrigando as pessoas a injetarem os seus venenos. Que eles caiam, como malditos que são”, diz o pastor, declaradamente antivacina. No vídeo, ele está vestido com uma camisa onde está escrito “não sou vacinado”.

Repetindo o discurso de ódio propagado por Jair Bolsonaro, o pastor direciona sua ira, principalmente, aos magistrados, em especial aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem o pastor deseja uma morte dolorosa. “Ó Deus, que aqueles juízes não morram de causas naturais, que seus ossos apodreçam”, diz.

“Deus, envia um vírus novo para comer a coluna desses juízes malditos. Que para se locomoverem tenham que rolar no chão como malditos e desgraçados e inimigos do bem e da sociedade que são”, completou, enquanto fiéis gritavam “aleluia” ao fundo.

Essa não é a primeira vez que o pastor se envolve em uma polêmica desse tipo. Durante um culto gravado e difundido em junho de 2020, Tupirani da Hora Lores, líder da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, grupo radical religioso, afirmou que os judeus “deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”.

Ele também já pregou discursos de ódio contra religiões de matriz africana, pessoas LGBTQIA+ e negros, em outras ocasiões.