Ex-dirigente de clube disputante do Parazão não tem dúvidas: a disposição da Assembléia Legislativa debater a desorganização do futebol paraense tem um limite, que só será quebrado caso os poderes poderosos do presidente da FPF sejam enfraquecidos antes de engessar a boca dos dirigentes de clubes. Há um silêncio obsequioso entre eles, diz, providencialmente interposto para não prejudicar o desempenho dos times pequenos no campeonato organizado pela federação.

Mas a verdade é cristalina: na boca do caixa dos estádios há um esquema de roubo de arrecadação que beneficia, inclusive, alguns dirigentes de clubes mandantes das partidas, participando da divisão do que não se contabiliza.

Quanto a bandalha envolvendo árbitros, a máfia cuida muito bem para que o título, anualmente, fique com Remo ou Paissandu. “E todo mundo sabe disso, inclusive setores da imprensa, sem que niguém se atreva a dizer alguma coisa”, conta.