O Pará teve a queda mais significativa dos índices de desmatamento entre os estados da Amazônia Legal no período de janeiro a abril de 2024, de acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgados nesta terça-feira (21).

Foram 58 km² desmatados nos quatro primeiros meses do ano, contra 258 km² no mesmo período do ano anterior, representando queda de 76%.

O estado do Amapá teve índice de 100% de queda, no entanto o acumulado é bem abaixo se comparado a outros estados – a redução foi de 1 quilômetro quadrado para 0.

Segundo o Imazon, o desmatamento na Amazônia é a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa no Brasil e apresentou em abril o 13º mês consecutivo de redução.

Em abril, foram desmatados 188 km² de floresta na região, 44% a menos do que no mesmo mês em 2023, quando foram destruídos 336 km². Já em relação ao mês de abril de 2022, a redução apresentada neste ano chega a 84%.

Já no acumulado do ano, de janeiro a abril, a destruição da floresta teve uma queda de 58% em relação a 2023, quando foram desmatados 1.203 km², e de 73% se comparado a 2022, quando a devastação atingiu 1.884 km².

A derrubada nos primeiros quatro meses de 2024 ainda é maior do que a registrada pelo Imazon em 2019: 463 km².

Juntos os estados do Mato Grosso, Amazonas e Roraima representaram quase 80% do desmate entre janeiro e abril na região. Foram, respectivamente, os que mais derrubaram áreas de floresta.

No caso do Pará, o estado foi responsável por 11% das derrubadas – obtendo o quarto pior índice na região.

 

Mais alguns dados do Pará em abril de 2024:

  • Nenhum município do Pará apareceu na lista dos dez mais críticos para o desmatamento.
  • Dois assentamentos estão entre os dez onde mais houve desmatamento: PA Jacaré e PAC Bom Sossego.
  • A APA Triunfo do Xingu é a segunda Área de Proteção Ambiental com mais desmatamento; na lista de dez APAs também aparece a Flona do Tapirapé-Aquiri.
  • Nenhuma terra indígena do estado aparece entre as cinco onde há mais desmatamento.