De agosto a dezembro de 2019, 2.852 km² de florestas foram derrubados na Amazônia Brasileira.

Isso representa 67% a mais do que o que foi registrado, pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) em 2018, que teve 1.706 km².

Os dados são do Instituo do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

A maior parte das matas perdidas no último mês do ano passado foi no Pará: 47% de 227 km².

Ainda que em dezembro de 2019 os índices de desmatamento tenham sido reduzidos em 8%, o Imazon segue apontando uma preocupação com o aumento em todo o período monitorado.

Depois do Pará, os estados que mais tiveram derrubadas de floresta foram Mato Grosso (22%), Rondônia (13%), Amazonas (9%), Roraima (5%), Acre (2%), Amapá (1%) e Tocantins (1%).

Em todo o ano de 2019, o desmatamento total da Amazônia foi de 6.200 km².

É um aumento de 16% em relação a 2018, que fechou com com 5.334 km² de floresta derrubada.

O mês de julho foi o que mais registrou perdas de áreas de floresta em 2019: 1.287 km² de matas perdidas.

O SAD registrou também 373 km² de área degradada, em dezembro de 2019.

O estado campeão em degradação, novamente, foi o Pará: 48% da área de floresta degradada.

Em seguida estão Mato Grosso (42%), Rondônia (5%), Tocantins (3%) e Amazonas (2%).

O Imazon classifica desmatamento como o corte raso, que é a remoção completa da vegetação florestal.

Geralmente, é a formação de áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, que costumam abastecer o mercado da madeira.

Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais — controlados ou não, em áreas privadas — mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando.