A pergunta se faz necessária diante do festival de cassações de mandatos de prefeitos, em fim de mandato, assinadas pelo TRE-Pará.
Ora, ora, direis ouvir estrelas, parodiando Bilac (*), com o sentido de entender nefastas decisões – mas o bom senso força à pergunta por que somente agora, faltando seis meses para os caratonhas entregarem seus cargos, o egrégio tribunal decide punir quem faz safadeza para conseguir um mandato?
As consequências de decisões extemporâneas são desastrosas na vida das cidades, desingrigola tudo, porque quem assume, em fim de festa, não tem mais nenhum compromisso em administrar o que resta de mandato do cassado, pode até piorar o mundo dos mundos no afã de tentar ajudar a eleger algum candidato de sua predileção.
Em uma semana, cassaram três prefeitos ( Conceição, Ipixuna e, agora, Santarém), coincidentemente, do PT, levantando a grave suspeição em bocas atormentadas pela dúvida que os atos causaram.
Independente de qual partido pertence o gabiru cassado, a questão é outra: por que a justiça eleitoral não se manifestou em tempo hábil?
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(*) – Olavo Bilac, um dos mais consagrados poeta brasileiros:
“Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto”
Jorge Antony F. Siqueira
16 de julho de 2012 - 09:10Caro comentarista redencista, o motivo para a não cassação de Wagner Fontes é o mesmo que retornou Jáder Barbalho(PMDB) ao Senado, ou seja, o conhecer a fundo as falcatruas de políticos influentes que têm acesso e mandam nos Tribunais, de modo que se configura a clássica situação do “não mexam comigo que não mexo com vocês”. 16.06.12, Mba.-PA.
Serei feliz quando Redenção mudar
13 de julho de 2012 - 13:45Vejo um monte de políticos serem cassados, até Presidente já foi, mas não entendo porque o Wagner Fontes não é, mesmo com tantas falcatruas, desmandos e aberrações. Será que há muitos “Eros Grau” nesse Brasil?