Mais dois casos foram confirmados nesta tarde.

E quem deu a informação foi o governador Helder Barbalho, ao lado do secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame.

Os novos casos do coronavírus são em uma mulher de 44 anos e um homem de 53 anos, ambos com saúde estável. Durante a coletiva, o governador informou que os dois pacientes estiveram fora do Pará recentemente. “A primeira paciente, uma mulher, esteve em um evento no Rio de Janeiro e chegou a Belém no dia 13 de março. Isso nos dá a certeza de que ela trouxe o vírus a partir deste contato com pessoas de lá. Ela está bem, em casa e na companhia dos seus familiares”, afirmou.

Já o segundo paciente, um homem, esteve em São Paulo e retornou a Belém no dia 16 deste mês. Ele também participou de um evento enquanto esteve fora. “Ele está em uma condição muito boa, está em casa desde que chegou, então a população fica mais tranquila”, disse. Barbalho lembra que todos os quatro casos confirmados no Pará até agora são em Belém e todos vinculados a viagens ao Rio de Janeiro e a São Paulo, colocando o Estado em uma posição de importação do vírus. No total, há 101 casos descartados da doença e outros 207 em análise em todo o território paraense.

O governador também ressaltou a importância da quarentena, que é o isolamento durante o período de incubação de um vírus, geralmente por 14 dias, em média. Ele destacou, no entanto, que a quarentena só começa a contar a partir do diagnóstico e, caso uma pessoa esteja com sintomas do coronavírus, deve ficar em casa antes mesmo do resultado dos exames, em uma espécie de quarentena voluntária, evitando, assim, a propagação do vírus a outras pessoas.

Para evitar aglomerações em locais públicos, o governador decretou, na última sexta-feira (20), o fechamento dos shopping centers, restaurantes, bares e casas de show, por tempo indeterminado. O Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) também começou, na noite deste sábado (21), um chamamento nas ruas, para que a população permaneça em casa. Helder Barbalho esclareceu, na coletiva, que isso ainda não é um ‘toque de recolher’, pois não há multa ou coerção.

“Estamos fazendo um chamamento para a população ter consciência. Todos estão incomodados e queriam estar em restaurantes e clubes com sua família, mas é um sacrifício que todos devemos fazer neste momento, é excepcional. Quanto mais precaução tivermos, mais rápido vamos sair desse momento”, declarou.

Para ajudar as pessoas em situação de rua da Região Metropolitana de Belém (RMB), o governo do Estado está usando o estádio do Mangueirão como espaço de acolhimento, para higienização e prevenção do novo coronavírus.

Foi lançada uma campanha de arrecadação de produtos que serão destinados às pessoas acolhidas, como material de higiene pessoal, comidas, roupas, colchões e outros itens. Algumas empresas também fizeram doações em grande quantidade.

“Isso é muito bonito, estamos todos juntos nessa proteção. Já temos moradores de rua lá, fazendo higienização, a Sespa também está fazendo atendimento médico, odontológico e exames laboratoriais. A partir das 20h deste domingo, teremos vários ônibus fazendo uma ronda para convidar essas pessoas a irem ao acolhimento. Estamos usando o vestiário para a higienização, temos estrutura completa de banheiro para quem estiver lá”, comentou o governador Helder Barbalho.

O chefe do Executivo estadual ainda disse que a iniciativa vai avançar para outros locais do Estado.

Campanha

Ainda durante a coletiva de imprensa, ao lado do secretário estadual de Saúde, Barbalho agradeceu a quem fez doação de sangue nas unidades do Hemopa e lembrou que a Campanha de Vacinação contra a Gripe começa nesta segunda-feira (23), em todo o Estado do Pará.

O primeiro grupo será o de idosos e trabalhadores de saúde, até 15 de abril.

A partir do dia 16, é a vez dos professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, além dos doentes crônicos, que poderão se vacinar na rede pública de saúde.

A última fase, de 9 a 22 de maio, tem como prioridade crianças de seis meses a menores de seis anos, pessoas com mais de 55 anos, gestantes, mães no pós-parto, população indígena e portadores de condições especiais.

O governador lembrou que a vacina é contra a gripe, outras influenzas e vírus respiratórios, mas não protege contra o coronavírus.

Ele também lembrou a importância da adesão dos grupos dentro dos prazos.