Pode sair muito caro à deputada Bernadete ten Caten (PT) seus esforços para substituir o superintendente do Incra do Sul do Pará, Raimundo de Oliveira Filho. O clima dentro do instituto é de instabilidade depois que ecoaram sons vindos de Brasília dando conta de movimentos, coordenados pelo deputado federal Zé Geraldo (PT), aliado de Caten, pedindo a cabeça de Oliveira.


Entre os nomes oferecidos à análise do MDA e da presidência do Incra,para ocupar a vaga de Raimundo, estaria o de Luiz Carlos Pies, esposo da deputada estadual, e secretário Adjunto de Planejamento do Estado.

A reação de funcionários e aliados do atual superintendente também seria na mesma proporção. Ou pior.

Consta de um dossiê em formação com documentação extraída do período em que Bernadete Caten dirigiu a superintendência, para ser entregue à Procuradoria da República. Objetiva, a força-tarefa pró Raimundo, sacramentar a inelegibilidade da deputada petista, no rastro de uma sentença da Justiça Federal suspendendo os direitos políticos da parlamentar por fraudes em licitação realizada em junho de 2005.

Como foi amplamente divulgado à época, inclusive, em primeira mão aqui no blog, o juiz Carlos Henrique Haddad decretou a suspensão, por cinco anos, dos direitos políticos de Caten e dos funcionários do Incra Mauro Sebastião da Silva, Valdene do Socorro Ribeiro Araújo e Paulo Roberto Treviso e dos empresários Antônio Dias Leite (da Leite Santos Eventos e Locação de Equipamentos) e Paulo Gondim Leal (da Eventum Empreendimentos), atendendo denúncia feita pelos procuradores da República Carlos Alexandre Menezes e Renato de Freitas Machado, que atuavam em Marabá.

Eles apontaram várias irregularidades no procedimento licitatório para a montagem da 1ª Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária do Sul e Sudeste do Pará (Feiragra).