A primeira vez foi em 2005.

Dois anos depois e um milhão de discos vendidos após sua primeira apresentação em SP, em novembro de 2007, estava de volta.

Agora, de novo, Madeleine Peyroux se apresenta no Rio, São Paulo e Belo Horizonte.

Três oportunidades perdidas. Em nenhuma delas, apesar do cuidadoso “planejamento” da ansiosa viagem ao eixo de exibição das grandes estrelas, foi possível ver Madeleine.

Tenho pouquíssimos ídolos. Três cito de chofre: Billie Holiday , João Bosco e ela, Peyroux.

Divas do jazz existem aos montes. Mais raras são as cantoras que vivem e transmitem sua vida para sua voz, com aquela capacidade rara de nos apaixonar pela música, pela cantora, pelo próprio ato de se apaixonar.

Ao se apresentar no Jô, essa semana, não larguei pé da televisão. Precisava vê-la sempre mais linda, ouvi-la, admirá-la, babando sentado na cama tentando acompanhá-la ao violão em cada canja dada ao apresentador global.

Dois álbuns de Peyroux (“Dreamland”, e o perfeito “Careless Love”), foram consumidos de cabo a cabo, nesta manhã de domingo. Indo e vindo, aqui em casa.

Madeleine é a Billie Holiday do século XXI. Mas, embora possa lembrar Holiday, ela tem seu próprio timbre e interpretação.

Na canja que deu ao Jô, Madeleine Peyroux me deixou arrepios na pele ao cantar La Javanese.

Gosto muito também de “Life is Fine”. O suingue de seu violão ovation barbariza, em perfeita sincronia com a voz inconfundível dessa belíssima mulher.