Nada há de mais pernicioso e estranho ao mundo acadêmico que a ausência de liberdade de expressão, a negação do pluralismo ideológico, o impedimento do exercício da única força, aí, legitimamente admitida e insubstituível: a do argumento. Valores que, sob os regimes de exceção, são permanentemente desdenhados, censurados e combatidos.

Triste e temerário é presenciar, na atual conjuntura brasileira, depois de uma longa e histórica luta contra a ditadura militar, novamente a emergência de práticas políticas a ameaçar tais valores, e, o que é pior, agora movidas não por parte do Estado, mas por facções e grupos que, inconformados com as derrotas em espaços democráticos, tumultuam a normalidade da vida das instituições, investindo em sua desmoralização pública.

É isso o que está ocorrendo em muitas universidades públicas.

Trecho do oportuno e primoroso artigo de Alex Fiúza de Mello, Reitor da Universidade Federal do Pará, publicado à página A9-Cidades, neste domingo no Diário do Pará – não disponibilizado on line -, abordando a movimentação de grupos fascistas no dia a dia das universidades públicas.
Um chute nos bagos das gangs a infestar a UFPA com atos de terrorismo e atentados aos direitos sublimes da vida acadêmica.
Cada dia que lê entrevista ou artigo de Fiúza, este poster o tem como referência. Rara inteligência a serviço do conhecimento de nosso Estado.