Duas posições antagônicas tratam da proposta de Orçamento para 2011, do governo do Estado, enviada à Assembleia Legislativa.

Dois deputados: um do PT e outro do PPS.

1- Carlos Bordalo (PT), em sue blog, defendendo a  configuração da proposta encaminhada pelo governo, destaca ser “preciso verificar se na execução orçamentária em curso, aqueles valores que foram estimados como despesa se confirmaram ou foram aquém do estimado, e, portanto, a estimativa que está no orçamento tem como lastro a execução daquele orçamento e não a sua estimativa“.

Mais adiante, o parlamentar retorna ao tempo, buscando a proposta de Orçamento encaminhado pelo então governador Simão Jatene, em 2006, antes de entregar o poder a Ana Júlia:

“Pra melhor ilustração revisitemos os números de orçamento previstos do ano de 2006 quando era governado por Simão Jatene, que alcançou 1.113 bilhão, um pouco menor do que está deixando Ana Júlia para ele investir. Dos quais, 271 milhões são provenientes de operações de crédito com o governo federal para os tão discutidos hospitais regionais.

Por fim, se não bastassem esses indicadores, lembro que o atual orçamento reserva uma possibilidade de livre remanejamento de 25% sobre este tão reclamado orçamento, que representa algo em torno de 3 bilhões, margem mais do que suficiente para que ele opere na direção de atacar os chamados “desequilíbrios” que ele aponta.

O texto completo está no Blog do Bordalo.
2- João Salame (PPS), respondeu, por email,  perguntas do blog sobre a reunião do governador eleito com os deputados, quarta-feira, 1, na AL.

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Blog – Para a área de segurança pública do Estado, o que está sendo sugerido pelo o Orçamento de 2011, a título de investimento?

Salame- Para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros o investimento proposto é zero. Para a Polícia Civil, um milhão para todo o ano que vem.

Blog – Qual a leitura que você faz sobre o encaminhamento de uma proposta orçamentária supostamente desfigurada?

Salame – A proposta de investimento total prevista é de 1 bilhão e 200 milhões. Só que 64% desse investimento proposto está amarrado a empréstimos e convênios com o governo federal. Que podem ou não vir. Outra parte é verba carimbada pra saúde e educação. Só sobra pouco mais de 100 milhões para investimentos livres. É muito pouco. O atual governo elevou em muito o gasto com pessoal e custeio da máquina. É a única conclusão a que podemos chegar diante dessa proposta de Orçamento.

Blog- Diante desse impasse, o que foi proposto à Assembléia Legislativa, pelo governador eleito Simão Jatene, como saída crível?

Salame- Vamos ver se é possível reduzir alguma coisa no custeio, abrir “janelas” onde a rubrica é zero, para que possamos suplementar se houver melhora na arrecadação, e negociar as emendas parlamentares, excepcionalmente, este ano.

Blog-  Se realmente existem equívocos da proposta orçamentária para 2011, é possível consertá-los ainda a tempo?

Salame- Muito difícil, porque não existe receita prevista para um gasto elevado da máquina. E existe pressão por novos planos de cargos e salários e reajustes. O quadro pode piorar ainda mais se o novo governador receber o Estado em situação financeira complicada e não conseguir os empréstimos para o ano que vem.