Quem viveu antes, sabia usar os rios não apenas para pescar e viajar: a relação existente era quase simbiótica.

Impossível  falar da “época da castanha” sem lembrar automaticamente dos seus rios e igarapés: rio vermelho, Sereno, Taurizinho, Cardoso,Sororó, e por aí vai.

Impossível viver por aqui sem ver esses igarapés.

Semana retrasada, percorri trecho do Taurizinho em uma “rabeta” (canoa empurrada por motor de 4 Cv) somente pra me sentir entristecido.

Ano a  ano, o quadro se complica.

São cada vez mais explícitas imagens do igarapé ofegante.

A morte das águas por asfixia provocada por desmatamento, queimadas, lixo industrial e doméstico.

Impossível não perceber que somente um compromisso de não agressão à natureza entre os diversos segmentos sociais evitará a agonia dos igarapés e dos seres que dependem deles, como peixes, répteis, aves, plantas e gente.