O presidente da subseção da OAB de Marabá,  Haroldo Silva Junior, fez ginástica verbal para desdizer-se de gafe cometida durante encontro com juízes do Conselho Nacional de Justiça, e um público de cerca de quarenta pessoa, nessa segunda-feira, 21.

 O vexame ocorreu quando Haroldo José falava sobre a necessidade das invasões de áreas urbanas serem tratadas como caso social, “sendo necessário o estabelecimento de diálogo entre os envolvidos”.

 Ia tudo bem, até fazer um comentário  de que a Justiça não estava resolvendo o problema da invasão São Miguel da Conquista. Em razão dessa postura  omissão, Haroldo declarou que a  OAB  conseguiu reunir os envolvidos,  resolvendo o problema, com acordo entre eles.

 Após a fala do presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Pará (Amepa),  Heyder Tavares,  sustentando  que o mutirão não pode macular a independência do juiz, o titular da 1ª Vara Cível, César Lins,  desmentiu o presidente da OAB, afirmando em público que a ideia da resolução do conflito da invasão de São Miguel da Conquista não partiu dele ou  da OAB.

 “Quem tomou a iniciativa de chegar ao acordo homologado,  foi o  Estado -, através deste juízo, em audiência preliminar, momento em que retificou a liminar concedida anteriormente para retirar apenas os invasores que não moravam efetivamente na área invadida, os especuladores, mantendo as pessoas que moravam na área, e que foram os acordantes junto ao seu Aurélio” (dono da área invadida), bombardeou César Lins com seu estilo direto.

 Em seguida, Haroldo José reconheceu não ser autor da idéia,  mas que tinha colaborado para o seu fortalecimento, através das reuniões realizadas.