Há  preocupações generalizadas entre integrantes do staff político de Helder Barbalho, depois que  o colunista Lauro Jardim, de O Globo, noticiou a intenção do economista Mário Ribeiro fazer delação premiada à Polícia Federal.

Preocupações potencializadas, principalmente, no rastro das referências éticas que marcam a biografia de Mário Ramos Ribeiro.

O que se sabe, até agora, é o conteúdo da nota publicada no blog de Lauro Jardim, que diz:

 

 

“O Ministério da Integração Nacional pode ser foco de uma temporada animada nas próximas semanas.

Mario Ribeiro, secretário-executivo de Helder Barbalho e Antonio de Pádua no Ministério da Integração Nacional (no cargo desde abril), pediu demissão do cargo há dez dias e foi à PF relatar práticas administrativas não ortodoxas nos últimos meses. Nada mal para um governo já entalado até a medula em denúncias.”

 

 

Se realmente a nota procede, a ida do economista à uma delegacia da Polícia Federal poderá causar danos.

Pelo menos é assim que uma pessoa acostumada a costear o alambrado dos Barbalhos vê a situação.

Por que?

Exercendo por muito tempo a Secretaria-Executiva do Ministério da Integração Nacional, tanto na gestão de Helder quanto na do atual ministro Antonio de Pádua, o suposto delator teria a chave dos segredos e das estratégias de licitações em mãos.

O que ele sabe sobre o que fizeram no verão passado?

Só ele, somente ele, pode dizer agora.

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Atualização às 18:12 – 31/07

 

Lauro Jardim atualizou seu post sobre o assunto acima, divulgando manifestação de Mário Ribeiro:

 

(Atualização, às 18h23 do dia 30. O ex-secretário-executivo Mario Ribeiro enviou o seguinte esclarecimento: “A bem da verdade e, considerando o alcance e a importância nacional da sua coluna, gostaria de esclarecer que não fui à Polícia Federal. Solicitei,  por ofício, o apoio da CGU para realizar uma “auditoria interna de conformidade” (que investiga eventual ilegalidade), ou mesmo sindicância, a critério técnico da própria CGU, para sanar possíveis ilicitudes e apurar responsabilidades de conduta eventualmente irregular de dois servidores comissionados, que atuavam na Diretoria de Gestão Interna do MI. Na condição de Secretário Executivo, tomei as medidas legais de minha alçada para apuração das irregularidades apontadas e, por discordar da condução administrativa das condutas em questão, no âmbito do MI, solicitei a minha exoneração do cargo”)