O post abaixo está publicado originalmente no blog do Keniston, de Parauapebas.

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A Política é a ciência da governança de uma Nação, também uma arte de negociação para compatibilizar interesses.

O ano de 2022 será marcado novamente pelas eleições, instrumento esse utilizado para estabelecer quem será o representante daquilo que é público e dos interesses de uma região.

Em meio a um cenário político turbulento, o eleitor mostra-se cada vez mais desacreditado com os políticos, especialmente os que atuam em Brasília.

Sendo assim, o voto, ferramenta importante, parece estar seguindo um caminho cada vez mais comum, isto é, a abstenção ou a anulação do mesmo.

Modo geral, a representatividade política de municípios numa sociedade bastante diversa como a brasileira é importante para que se evite que determinados setores do Estado tenham ascendência e preponderância na construção da agenda política e da agenda de demandas, como ocorre atualmente.

Levantamento feito pelo blog mostra que 62% dos recursos federais oriundos de emendas individuais e de bancada são destinados aos municípios da Região metropolitana -, ou para aqueles que conseguiram eleger um deputado federal.

Regiões e cidades bem organizadas, unidas e com força política, tirando de lado as picuinhas regionais, têm tido êxito na formação de sua representatividade no Congresso Nacional.

O Sul do Pará, especificamente Marabá e Parauapebas, municípios que protagonizam forças políticas, têm repetido erros estratégicos de não conseguir eleger um representante à Câmara Federal.

Nas eleições proporcionais passadas, os dois municípios não elegeram um representante sequer à Câmara Federal.

O resultado disso é um cenário catastrófico de perda de recursos que poderiam ser destinados à Saúde e a outros setores essenciais.

Basta entender que cada deputado federal eleito possui uma cota individual de pouco mais de R$ 60 milhões por mandato (4 anos), que podem ser destinados a um máximo de 25 emendas diferentes por ano. Mas existe uma ressalva importante: metade do valor das emendas precisa ir para a saúde.

Se Marabá e Parauapebas tivessem conseguido eleger um deputado federal (cada município), os dois hospitais municipais que atendem as comunidades locais com os mais diversos procedimentos, por exemplo, poderiam estar bem mais equipados, podendo ampliar o seu atendimento, qualificar as equipes e ampliar o acesso da população aos serviços de saúde.

Uma espécie de um grande plano de saúde gratuito para a população que não tem condições de pagar por serviços particulares, especialmente cirurgias.

Defender a eleição de um deputado federal para Marabá e Parauapebas não é favorecer nenhum candidato ou legenda. É defender autonomia política para que tenhamos mais representatividade, mais influência, mais verba, mais investimentos e mais oportunidades.

O voto em outubro de 2022 é a única arma para recuperar nosso espaço. Precisamos votar em candidatos que nos representem, que defendam os interesses da nossa Região e que possam ser cobrados se alguma coisa andar mal.

É preciso construir um movimento que fortaleça a nossa representatividade política em Brasília. Uma ação sem ligação com partidos, mas que vê na mobilização política um caminho essencial para a consolidação do crescimento das duas cidades, apoiando o voto em candidatos realmente comprometidos com o desenvolvimento da região.

Isso porque Marabá e Parauapebas podem eleger deputados federais contando basicamente com seus próprios votos, e está mais do que na hora de reassumirmos esse protagonismo.

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Nota do blog: nesta sexta-feira, 29, blogueiro dará sequência ao tema mostrando como foi a votação para a deputado federal, na eleição passda, cujos municípios de Pebas e Marabá nao conseguiram eleger nenhum representante à Câmara Federal.