Escreverei o post na primeira pessoa, porque o fato merece tratamento afirmativo.

Totalmente avesso a preconceitos, sejam quais forem, não posso, mesmo diante de episódio tão vil, alimentá-los.

Só que a atitude massacrante do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), conhecido naquele estado por temperamento impulsivo, humilhando uma pobre, mas corajosa paraense desassistida, deveria ser tratada no mesmo tom.

Todavia, respiro e afugento ideias  genocidas, respeitando, primeiramente, o povo amazonense, que pode ser responsabilizado pela equivocada decisão de colocar na prefeitura da capital tamanha selvageria, embora tenha nova oportunidade, ano que vem, de mandá-lo de volta pra casa.

Indignação é o que devemos estimular.

Indignação com o ato e o fato.

O ato em si do prefeito despreparado para conviver com adversidades, preferindo disparar insultos e intempéries verbais.

O fato da expressão singular de preconceito contra paraenses, arraigado em sua alma.

Governador Simão Jatene deveria se manifestar. Não apenas entender a questão como de “desinteresse público”, conforme oficializou a Secom, acionada pelo Diário do Pará.

O governador simboliza a voz-geral da população.

Através dele se manifestam sentimentos da unidade federativa diante de casos dessa magnitude, onde brios e autoestima de nosso povo foram espinafrados por uma espécie de bandoleiro.

É muito simples reverberar raras palavras para dizer que o governo do Estado não tem interesse em se pronunciar, por que “não considera o caso de interesse público”.

E a paixão pelas cores de nossa bandeira?

O efeito moral da atitude do prefeito de Manaus não respinga na honra de nosso pavilhão?

Numa demonstração de altivez, Jatene deveria ter emitido nota condenando o prefeito manauara, elevando o respeito pelos povos amazônidas, e  exigindo do gabiru pedidos de desculpas ao povo paraense.