Alguns servidores realizaram manifestação em frente ao Hospital materno Infantil, nesta quarta-feira, 15, aproveitando a presença do prefeito João Salame na inauguração do novo Centro Cirúrgico do HMI.
A manifestação foi contra a terceirização dos serviços do Hospital Municipal, que o município deverá sacramentar para melhorar a qualidade de atendimento e acabar com o corporativismo nefasto que tanto atrapalha avanços numa área tão sensível.
Havia placa com dizeres para todos os gostos.
Uma, no entanto, chamou a atenção do blog.
Exatamente esta da foto abaixo.
Diagnósticos realizados em diversas setores do Hospital Municipal e Hospital Materno comprovam não bastar investir na saúde.
O servidor deve estar antenado, participando, também, do processo de transformação.
Isso não ocorre em Marabá.
A prefeitura, nesses dois anos de meio de gestão, tem aplicado média de 25% do orçamento em melhorias na área.
Ou seja, 8% a mais do que determina a legislação como teto de investimentos.
Somente o Hospital Municipal, recebeu aportes em diversas ações.
Alguns benefícios ali implantados, até agora, conforme levantamento feito pelo blog à tarde desta quarta-feira, 15.
Completamente abandonado havia mais de três anos, um novo Centro Cirúrgico, dada a ampla reforma ali realizada, composto de três salas, foi construído,
Ao mesmo tempo, com investimentos de quase R$ 2 milhões, 210 equipamentos novos foram adquiridos, para o hospital – entre eles: 117 camas para adultos, 10 camas infantis, 1 máquina de ultrassonografia, 7 ventiladores pulmonares, 3 eletrocardiógrafos, 3 aspiradores, 12 macas móveis, 1 mesa ginecológica, 15 oxímetros de pulso e 41 cestos de inox.
O Hospital Municipal ganhou Ala Psicossocial, constituída de 12 leitos. O investimento realizado ali transformou o HMM em referência em saúde mental na região.
Aquisição de 105 poltronas reclináveis instaladas no HMM (foto abaixo). Recursos para humanizar a unidade de saúde.
Outras trinta poltronas, do mesmo tipo, adquiridos para o Hospital Materno Infantil
A reforma do Centro Cirúrgico do Hospital Materno Infantil, inaugurada ontem, é outro benefício na área de saúde.
Cerca de 500 partos são realizados mensalmente no HMI, atendendo grávidas não apenas de Marabá, como dos 22 municípios do entorno.
Ampla reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde “Carlos Barreto”, em Morada Nova.
Outras duas Unidades Básicas de Saúde nos bairros Liberdade e Laranjeiras Liberdade, também passam por amplas reformas.
O da Laranjeiras, oferecerá à comunidade laboratório clínico, laboratório de próteses dentárias e um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).
As duas obras consomem R$ 1,7 milhão
O Centro de Referência Integrada à Saúde da Mulher (Crismu), localizado na Folha 33, também está recebendo investimentos de quase R$ 400 mil.
Quando concluída sua reforma, o centro terá Laboratório de Citologia, novo mamógrafo já adquirido, ampliação da sala de mamografia, ambulatório de alta complexidade em gestação de alto risco, entre outros serviços.
Em janeiro de 2013, o município de Marabá possui apenas duas equipes do Programa Saúde da Família. Hoje, já são 17, atendendo nas zonas urbanas e rural.
Lembrando que cada equipe do PSF é composta por médico, enfermeira, técnico de enfermagem e seis a 12 agentes comunitários de saúde.
Cerca de 40 servidores de diversas áreas participaram de Oficina pedagógica em saúde mental (foto).
O resumo acima, levantado pelo blogueiro, é apenas uma amostra de que há investimentos na área de saúde.
O que está faltando é a melhoria da área de recursos humanos.
Grande parte de servidores compreende o emprego público como um favor que cada um deve fazer à comunidade.
“Favor”, maioria das vezes, exercitado de forma bisonha, mau humorada, muitas vezes, com rispidez.
Quem nunca foi maltratado numa recepção do Hospital Municipal, ou no Materno Infantil?
São pessoas que não enxergam a profissão como um instrumento de transformação de vidas.
Estrutura para se praticar boa saúde, aos poucos Marabá vai ganhando, só que muito distante da qualidade de atendimento que a comunidade merece ter.
Logicamente, o blog não generaliza essa cultura espraiada
Há servidores sérios, comprometidos com as transformações, mas eles estão sendo minoria, nos dias atuais.
A segurança que o emprego público oferece a nível de estabilidade contratual criou a sensação de que o trabalho é um rito sumário cumprido tão somente para garantir o salário no final do mês.
A terceirização vai acabar com isso.
Como acabou com o mesmo tipo de cultura existente, anos atrás, nos hospitais regionais do Estado.
Depois que os serviços foram terceirizados, o que se vê num Hospital Regional como o Geraldo Veloso é a dedicação dos servidores contratados por uma Organização Social, usuários respeitados, e tratados como verdadeiros seres humanos.
O blogueiro não tem nenhuma dúvida: a terceirização será um bem para o atendimento da população.
O setor terá ganhos consideráveis, embora jamais se espere dessa inversão de gestão a solução para todos os males que dominam o setor em todo o país.
Com certeza, a terceirização deixará a Saúde melhor do que está.
A atual gestão deve atuar com firmeza nessa direção.
Jamais pensar em recuo.
Não é possível aceitar que cerca de 300 mil pessoas fiquem reféns da inoperância de grupelhos preocupados apenas em manter seus empregos sem dar respostas dignas à comunidade.
Não é possível aceitar a desobediência ao cumprimento de horários nos turnos de plantão de médicos e afins, comprometendo a vida de pessoas que buscam os hospitais públicos, fragilizadas, perdidas em meio ao desinteresse profissional de muitos.
Quando um ente político entrega nas mãos de particulares a gestão de um hospital público ele não o está “privatizando”, mas sim profissionalizando sua administração, procurando agregar qualidade ao atendimento prestado à população.
Até a Prefeitura de São Paulo está buscando esse procedimento em muitos hospitais da rede pública da capital, procurando utilizar uma entidade privada, que assim atuará, livre de procedimentos como concursos, licitações e outros formalismos que emperram e engessam a atuação dos entes públicos.
A própria legislação traz mecanismos que possibilitam a sua flexibilização e permitem que o ente político lance mão de entidades privadas para gerirem suas atividades.
Há alternativas legais para que as atividades essenciais públicas sejam melhor desempenhadas, visando minorar, pelo menos um pouco, a deficiência do atendimento da população, já tão ignorada pelos nossos entes políticos.
Não estamos dizendo que não existem pessoas competentes na Administração Pública.
Elas existem.
Porém, por mais boa vontade que se tenha, nem sempre se tem a agilidade, presteza e rapidez que os serviços de saúde requerem.
Quando uma entidade privada assume a gestão (administração, direção) de um hospital ela não assume o “papel principal” do serviço público de saúde.
Este serviço é e continuará sendo de responsabilidade do ente político respectivo.
O serviço continua sendo público, sem qualquer transferência para o particular.
Certamente, estamos num mundo em que mesmo a capacidade de sonhar tem sido, por vezes, sacrificada e maltratada mediante os abusos em nome dos privilégios de uma minoria que se sobrepõe com força destrutiva sobra a maioria.
Mas, sonhar é assim mesmo: nem sempre é fácil, por diversas vezes é complicado.
Nem sempre o futuro próximo se apresenta recheado de colorido; por vezes, esse tempo próximo a que chamamos de futuro se apresenta nublado, carregado, como que possuindo um semblante pesado, denso.
Mesmo diante disso, do nebuloso e obscuro, é necessário não perder de vista a capacidade de sonhar.
servidor público
21 de julho de 2015 - 17:59Terceirização não é a solução,é só colocar pessoas com competência para administrar esses hospitais e que a politicagem não atrapalhe.
Lambari
17 de julho de 2015 - 21:25Não precisa ser da área pra enxergar algumas coisas, muito me intetesso pelo assunto , e procuro me informar sobre o assunto, na assistência médica na rede pública municipal, é fundamental que os postos de saúde dos bairros cumpram com excelência o papel de atendimento básico (consultas , crise de pressão alta sem complicação, suturas ,drenagens ,tratamentos clinicos não complicados como pneumonia , infecção urinária, diarreias com leve desidratação, pequenas fraturas ,etc) isso desafoga o HMM e isdo o secretário e sua equipe não conseguem por em prática.