Em 2009, por ocasião da eleição para a renovação do diretório municipal do PT de Marabá, o pôster fez prognóstico do resultado eleitoral partidário, confirmado posteriormente, que provocou  ira em  alguns petistas ligados a Democracia Socialista, tendência interna comandada pela governadora Ana Júlia.

Naquela ocasião, o blog retratava apenas o que já se conhece em Marabá e no Sul do Estado, havia muitos anos: a frágil representativa eleitoral de expressiva maioria da DS, que não se permite, interna nem externamente, revelar valores capazes de controlar o partido na região e eleger pessoas a cargos legislativos.

Bastou o pôster tocar no assunto, pra cambada cair em cima.

Agora, o cenário pode ser medido de forma clara e sem rodeios.

O voto do eleitor escreve, em cores, a realidade dos fatos.

Enquanto a DS fez apenas 32.402 votos, elegendo o deputado estadual Edilson Moura, as demais tendências petistas confirmaram musculatura eleitoral colocando bem mais representantes na Al.

O PT Pra Valer, comandado pelo deputado federal Zé Geraldo, encaçapou três parlamentares: Valdir Ganzer (37.463 votos), Bernadete ten Caten (33.736) e Airton Faleiro (32.893).

A Unidade na Luta, controlado por Paulo Rocha, também mandará três deputados à Assembleia Legislativa: Chico da Pesca (49.702), Zé Maria (23.128) e Alfredo Costa (22.762).

A AS do deputado federal Beto Faro elegeu dois representantes: Bordalo (45.075 votos) e Milton Zimmer (22.906).

Enquanto as outras três tendências atuam  com pragmatismo em suas bases eleitorais, a DS se perde, sedentária, numa redoma de  conflitos, sobrepondo intrigas provincianas.

Passados quatro anos do governo Ana Júlia, a DS está bem menor do que era.

Pelo menos os números da eleição provam isso.