Dois comentários de posições antagônicas enriquecem o blog, na manhã desta quinta-feira.

O primeiro, assinado por alguém autodenominado Indignado, condena a interdição da ponte:

 

Brincadeira esse protesto interditando uma rodovia federal nos dois sentidos. Só em Marabá mesmo, ainda mais com incentivo de politicos como Bernadete que não fizeram em prol de nossa região. Os processos na Justiça Federal e na Justiça Eleitoral que o digam.

Uma vergonha, afinal esse movimentos mandam e desmandam. Agora vai um pai de familia protestar e interditar uma rodovia para ver o que acontece.

É uma irresponsabilidade sem tamanho interditar uma rodovia nos dois sentidos, pois existem casos e casos que precisam utilizar a ponte a rodovia.

Deus queira que ninguém precise de uma ambulância do SAMU nos bairros São feliz, Morada Nova e etc…
Aproveita e pede para quem está posando nas fotos a garantirem o pão de cada dia de quem precisa se deslocadar atraés da ponte interditada.

Um absurdo!!!!!!!

Indignado

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O outro comentário,   assinado por Edivaldo Viana, de bate pronto recusa as críticas de Indignado,  responsabilizando-o, também, pelo  esforço dos setores elitizados do país em criminalizar os movimentos sociais:

 

Ao Indignado:

Vossa Senhoria realmente não sabe o que é a dor da impunidade, talvez nem saiba o que é o sentimento de perder um membro de sua família pelo crime organizado neste País, aliás, vossa senhoria deve estar descontextualizado e desconectado do mundo real, pois, protesto como este ocorrem no mundo inteiro.

Vossa senhoria deve ser daquelas pessoas que a insensibilidade é latente, e a irresponsabilidade de querer mais uma vez, pois, muitos outros já o fizeram de uma forma, mais reacionária e mais sectária que vossa senhoria, criminalizar os movimentos sociais por protestar por um motivo justo, que é o direito de descobrir e responsabilizar os bandos gananciosos e irresponsáveis que tiram a vida de pessoas que lutam pela manutenção da vida no planeta.

Nos movimentos sociais organizados, há sim meu senhor a compreensão de que o direito de ir e vir deve ser respeitado, que a rotina de uma grande cidade deve continuar, mas há de se garantir o direito da população de saber o que diariamente os grupos e bandos que se reúnem na calada da noite, movidos a whisky 12 anos e outros mecanismos entorpecedores, pensam a respeito de gente simples e comum que labutam todos os dias em busca da sobrevivência com dignidade e respeito aos seus semelhantes.

Edivaldo Viana