A prisão de Chico Ferreira não está preocupando apenas quem teme ser citado em futuro acordo de delação premiada. Em Belém, há um núcleo da elite política formado por três “pensadores” matutando o que fazer agora para encontrar alguém capaz de substituir, em astúcia, sedução e malandragem, o ex-pródigo dono da Service Brasil. Excluindo no máximo dois fortíssimos ex-secretários dos governos tucanos que também seguravam a mala-preta, sabe-se agora com mais exatidão que Chico Ferreira era o homem de frente na árdua tarefa de levantar recursos para as campanhas eleitorais. As dezenas de empresas constituídas por ele facilitavam a canalização de dinheiro não contabilizado – logicamente, além do arremate legal de licitações.
O núcleo tem pressa em formar nova geração de lobistas, assim como Fernandinho Beira-Mar e Marcola orientam das prisões o surgimento de seus substitutos fora delas.