Imagine uma ferramenta casando e-mail, Messenger (MSN), editor de texto colaborativo, tradutor instantâneo, Google Maps, álbum de fotos online com o seu blog com o Twitter e com o seu celular, enfim, um monte de outras coisas legais numa mesma interface.

Imaginou?

Pois bem, acostume-se agora com o nome Google Wave, denominação da fera que está chegando para mudar a nossa vida digital.

Tão revolucionária que enterrará, definitivamente, MSN e e-mail.

A definição oficial é “sistema de comunicação pessoal e ferramenta de colaboração online”. Infelizmente é daqueles casos em que as palavras parecem insuficientes para descrever o fato. Como o Twitter, só vendo para entender as possibilidades.

Para ter ideia melhor da ferramental, um dos pais do Google Wave, Lars Rasmussen (o criador do Google Maps), demonstra algumas das originalidades de sua cria aqui neste vídeo.

Nele, coisas legais do tipo: você seleciona um ou mais destinatários, começa a escrever e, se quiser, as letras aparecem instantaneamente, uma a uma, na tela do(s) interlocutor(es);

Ou então você e mais quatro ou cinco pessoas podem editar um mesmo texto online em tempo real e ver o que cada um está fazendo instantaneamente -isso significa não apenas mudar o texto, mas acrescentar imagens, fotos, mapas (imagine os impactos disso na edição de uma matéria jornalística, de uma página de web etc);

Numa conversa tipo coletiva, você pode chamar dois ou três pessoas num canto virtual e entabular uma conversa a três sem que os demais possam lê-la;

Em uma entrevista com um norte-americano via Google Wave você escreve em português e o texto aparece para ele em inglês, e vice-versa com as respostas.

Em resumo, o Google Wave se propõe a ser sua única ferramenta de comunicação, concentrando tudo em uma só interface: e-mail, leitor de notícias online, editor de texto, MSN, ferramenta para postagem de mensagens no seu blog ou no seu Twitter, e por aí vai.

Claro que o sucesso ou o fracasso da nova ferramenta vai depender de sua universalização e da velocidade de adoção pelos usuários. Como ele é essencialmente colaborativo, não adiantará muita coisa se apenas você tiver ele instalado no seu computador, mas seus amigos e colegas de trabalho não. O Twitter também passou por isso e deu no que deu.

Já passa da hora de alguém sepultar o e-mail. Não apenas pela poluição do spam que entope seus canais e toma nosso tempo. Mas porque já é uma tecnologia velha.