“Não Aceitamos Belém Capital”, é o mote dos caras pálidas anunciado nas primeiras entrevistas concedidas a órgãos de Marabá para disseminar o sentimento de insatisfação (deles?) provocadora de tanta ira. Usando esse mote, pretendem parar os carros com placas de Belém, nas avenidas e rodovias, com intuito de impor a aversão dos “carajaenses” ao povo da capital.
O movimento, pelo que se pode tirar dos objetivos anunciados, tem muito mais ira e rejeição abominável do que o sentimento de insatisfação diante das questões político-sociais do Sul do estado. Em verdade, essa a grande questão.
A pré-disposição ao confronto está latente nas palavras do presidente do movimento, que pode mais se assemelhar a uma organização de direita disposta a peitar os princípios mínimos das liberdades. Isso é preocupante, porque quando um careta vai a uma redação de jornal garantir a obstrução de rodovias e ferrovia bem como impedir o direito de ir e vir das pessoas – preconceituosamente indicando “quem for de Belém” -, a anarquia pode predominar em um campo viçosamente propicio a tais aventuras.