Na coluna de Gerson Nogueira, publicada nesta quinta-feira, 8, caderno Bola, do Diário do Pará:

 

Dos quatro representantes paraenses nas competições nacionais somente o Águia de Marabá não trocou de técnico depois do campeonato estadual. João Galvão, técnico e dirigente do clube, se mantém teimosamente no comando, apesar de fortes turbulências e hostilidades da torcida ao longo do Parazão. Ao contrário de todos os treinadores, porém, Galvão conta com a blindagem que o duplo papel no clube lhe garante.

Além de preservar seu técnico, o Águia aproveitou o final do segundo turno do campeonato para começar imediatamente a procurar reforços. O próprio Galvão foi às compras, garimpando jogadores em Minas Gerais e Goiás para reforçar setores claudicantes, como o meio-de-campo e o ataque.

Mas o principal reforço da equipe marabaense estava por aqui mesmo. Saiu do Paissandu: o artilheiro Mendes se incompatibilizou com o presidente Luiz Omar Pinheiro e fechou com o Águia. O negócio foi fechado rapidamente, bem ao estilo de João Galvão. Não tivesse o Paissandu trazido Josiel e repatriado Tiago Potiguar, o artilheiro baiano seria a principal contratação dos clubes paraenses para a Série C.

Depois de passar o certame estadual amargando a falta de um homem-gol, o Águia conseguiu arranjar um centroavante de ofício, com personalidade e carisma suficientes para liderar a equipe em campo.

Mais que isso: Mendes é experiente, rodado e acostumado a grandes competições. Costuma aparecer bem nos momentos decisivos, como se viu nas finais do turno e returno do Estadual. Fontes do Águia acrescentam outra vantagem à contratação do ex-atleta do Paissandu: o acordo saiu por um preço à altura do modesto orçamento do clube.

Foi o primeiro grande lance de habilidade da disputa da Série C entre os paraenses. Junto com as demais aquisições põe o representante de Marabá entre os candidatos à classificação para a Série B.

 

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