Virou lugar comum fazer comparativos da qualidade das estradas  do Tocantins e do Pará.

Rodovias estaduais do vizinho, são cantadas em prosa e verso, pela magnificência de sua trafegabilidade, recebendo, anualmente, recursos para manutenção – ao contrário das vias de transporte paraenses, umas verdadeiras tábuas de pirulito.

O problema, no entanto, não se resume apenas às condições das estradas estaduais.

A própria BR-230 (Transamazônica), no trecho que sai de Marabá até o rio Araguaia, está se transformando num buraco só.

Já a partir do Km 12, à altura do posto da Polícia Rodoviária Federal, até o famoso trecho de 16 km que não foi asfaltado, a buraqueira danifica veículos e leva perigo à segurança dos condutores.

Ao atravessar a ponte sobre o rio Araguaia, outro mundo.

A rodovia está com sua estrutura conservada, e um consórcio de construtoras trabalha, do município de São Bento do Tocantins até Luzinópolis, numa distância de 100 Km, cuidando de fechar eventuais buracos,  roçando, sinalizando-a e, vejam só, efetuando pintura em toda a extensão de meio-fios.

Coisa de Estado civilizado, que tem representação política brigando por benfeitorias e preservação da segurança nas estradas.

O que se ouve por aqui, particularmente de papo saindo das quatro paredes do DNIT paraense, é a desculpa de que faltam recursos ou, na pior das hipótese, aguardam o final do inverno para dar início a trabalhos de recuperação de federal.

Esquecem os bacuraus da lógico do inverno para todos. Ou seja, se chega aqui, também atravessa a ponte e cobre o Estado vizinho.

Esquecem também, nas desculpas esfarrapadas, da existência de  programas federais que destinam  recursos para a restauração de rodovias.

 

Ao todo, o  DNIT possui cinco tipos de programas que tratam da restauração, recuperação e manutenção das rodovias federais: Programa de Conservação/Manutenção; Programa Integrado de Revitalização (PIR IV); Contrato de Restauração e Manutenção (CREMA) 1ª e 2ª etapas, e de Restauração.

Os programas abrangem um conjunto de ações que variam na duração, freqüência e intensidade com que são realizadas. As rotineiras, por exemplo, destinam-se a reparar defeitos na pista; as periódicas evitam o surgimento ou o agravamento de defeitos; e as ações de emergência, visam reconstruir ou recuperar trechos danificados por um evento extraordinário que ocasiona a interrupção do tráfego ou coloca em risco o seu desenvolvimento.

Os programas do tipo CREMA asseguram a manutenção das boas condições da rodovia por um prazo de dois anos (CREMA 1ª etapa) ou de cinco anos (CREMA 2ª etapa).

Em verdade, o que falta, neste estado paraense, é representação política comprometida, preocupada em lutar para reduzir as diferenças vergonhosas existentes entre esta unidade da Federação, e as demais.

Entre Marabá e o rio Araguaia, a Transamazônica.....
Entre Marabá e o rio Araguaia, a Transamazônica…..

 

Está ficando um buraco só.
Está ficando um buraco só.
BR 230 4
Enquanto no vizinho Tocantins, a cidadania respeitada