Grande parte dos puliticu$ verde-amarelo e os partidos políticos agem em conjunto, mentem de mãos dadas.

É inacreditável o cinismo e a desfaçatez com que tentam mostrar que falta de ética não significa nada quando se é esperto o suficiente para reunir em torno de si um monte de outros espertos que se apeguem ao máximo às vantagens do poder.

Último exemplo disso, ainda quentinho, é a decisão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, tomada ontem, continuar acumulando o cargo e a presidência nacional do PDT. Durante reunião da cúpula partidária abrilhantada por senadores, deputados e presidentes dos diretórios regionais da legenda, foi aprovado nota em que manifestam “apoio integral ao companheiro Carlos Lupi” e evocam o suicídio de Vargas, em 1954, e a deposição de João Goulart, em 1964, para denunciar as “forças conservadoras” que supostamente tentam afastá-lo do cargo.

Vejam só, evocaram o suicídio de Vargas!!!

O sempre comedido e até aqui corretíssimo senador amazonense Jefferson Péres (AM), desfraldou também a bandeira do delírio, ao defender a permanência de Lupi na presidência:

– “Ele tem todo o nosso apoio para permanecer na presidência do PDT. Quanto ao ministério, isso é um problema do presidente Lula”.

O ministério ao qual Jefferson Péres de refere, passando a batata quente para as bandas de Lula, possui 27 superintendências regionais -cargo mais alto do órgão. Conforme matéria da Folha de São Paulo, Lupi trocou 21 superintendentes, indicando, desses, 18 filiados ou indicados por alguém do PDT.

Malandro, Jefferson sabe que em favor da governabilidade do governo, Lula não tem por que envolver-se numa questão de restrições feitas pelo Conselho de Ética Pública à acumulação das funções.

Nem é preciso recorrer àquele velho axioma de que “um exemplo vale mais que mil palavras” para entender porque cada vez mais e mais pessoas estão embarcando nessa canoa de que a grande sacada é descobrir o “jeitinho” de chegar lá, e que esse negócio de cultura é pura besteira, mera semântica há muito superada para conseguir alguns pontinhos em termos de IDH, cuja sigla a maioria não sabe nem o que significa.

——————

Dei fé dela agora, relendo o blog, às 23 horas desta quinta-feira.

Viram que frase horrível, construída neste post?

Malandro, Jefferson sabe que em favor da governabilidade do governo

Ora, a governabilidade deriva de governo. Desgoverno, não se governa.

A repetição pode surtir efeitos positivos ou negativos, conforme a impressão que suscita. Nessa aí, nem sei qual escorregada o poster cometeu.

Negativo, por suscitar a impressão de excesso, descuido na elaboração. Nem falemos em pressa na hora de redigir o texto.

Poderia até produzir efeito positivo se a intenção fosse ritmar o post, dar ênfase ou criar atmosfera. Também não foi o caso.

Tive um professor de Gramática (Ernesto Heringger) que costumava dizer: – “Não há regras infalíveis para detectar quando a repetição deixa de ser qualidade para ser um vício. A avaliação é subjetiva”. Nunca esqueci disso.

Também não sei se pode ser um pleonasmo, normalmente derivado do excesso de repetição com efeito cômico. Pode ser.

Um pleonasmo de repetição. Há comicidade demais no texto. O Circo Brasil que não quer nunca dizer By By.

Desculpem, mas que está horrível, está: em favor da governabilidade do governo…