A crise econômica que vem devastando bolsas e levando a pique poderosas empresas mundiais, particularmente dos Estados Unidos, chegou ao Brasil sem pedir licença ao presidente Lula. Mais precisamente se instalou no DI de Marabá.

A suspensão da compra de gusa por clientes asiáticos e norte-americanos já fez duas vítimas: Usimar e Sidenorte.

A primeira, do empresário Demétrius Ribeiro, anteriormente encharcada de passivos de todos os matizes, não suportou nem o prenúncio do “resfriado” gerado lá fora. Todos os seus funcionários assinaram rescisão de contrato com a promessa de serem readmitidos a partir do inicio de 2009.

A segunda é a Sidenorte, que oficialiozou a paralisação do parque industrial no inicio da semana.

Os altos fornos das duas siderúrgicas estão “abafados”, o que significa ativados em baixas temperaturas apenas como garantia de suas sobrevivências. Um alto forno desativado trinca totalmente, exigindo a construção de um novo ao preço módico de R$ 18 milhões.

Como a crise internacional fez o volume de venda do ferro gusa para o exterior cair até agora cerca de 40%, no inicio de tarde desta quarta-feira,8, aumentavam rumores de que outras duas siderúrgicas deverão “abafar” suas unidades industriais a partir da próxima semana, com rescisão contratual de outra leva de trabalhadores.

Quatro guseiras paradas desemprega diretamente 1.800 pessoas.