O decreto de Helder, no entanto, deixa Marabá e Parauapebas ainda de fora da retomada
das atividades abaixo relacionadas, inclusive Shoppings.
Além de Marabá e Parauapebas, outros 15 municípios integrantes da Região Carajás, n
não foram contemplados pela medida.
O governador Helder Barbalho apresentou, nesta sexta-feira (29), o projeto de retomada econômica no Pará, chamado Retomapará. Ele anunciou a reabertura com protocolo de higiene e medidas de distanciamento, de 36 segmentos, entre eles shoppings centers, salões de beleza e igrejas, a partir da próxima segunda-feira (1º), na Região Metropolitana de Belém, Marajó Oriental, Baixo Tocantins e Região do Araguaia.
Segundo Barbalho, os protocolos de higiene vão ser publicados em edição extra do Diário Oficial ainda nesta sexta. Cada município terá jurisdição em suas cidades e todas as atividades vão ter que seguir protocolos de higiene. O programa, de acordo com o governo, vai levar de maneira gradativa a retomada das atividades, levando em consideração as peculiaridades de cada região do Estado.
“Não podemos relacionar a retomada gradativa com o relaxamento, apesar de todos os dados estatísticos mostrarem a redução de casos. Precisamos evitar sair quando não for necessário e, quando sair, usar máscaras, que é parte de uma obrigação prevista em decreto estadual. O cidadão também tem de atentar à questão de higiene”, alerta Barbalho.
Segundo o governo, as igrejas com capacidade de 100 pessoas, por exemplo, só podem fazer reuniões com no máximo 15; em templos com capacidade de 5 mil pessoas, só podem entrar 100. Nos shoppings, as praças de alimentação não voltarão a funcionar.
Veja a lista de segmentos que poderão voltar a funcionar:
1. Agências Bancárias e Casas Lotéricas
2. Alimentação: Produção e Delivery
3. Comércio Varejista
4. Comércio Atacadista
5. Lojas de Conveniência
6. Comércio de Materiais de Construção
7. Comércio de Veículos, Oficinas e Auto-Peças
8. Lojas de Conveniência fora dos Postos de Gasolina
9. Empregados Domésticos
10. Lojas de Conveniência
11. Feiras, Aviários, Açougues, Peixarias e Hortifrútis
12. Comércio de Rua
13. Supermercados
14. Lavanderias
15. Comércio de Gás – GPL
16. Informação e Comunicação
17. Serviços para Edifícios e Atividades Paisagísticas
18. Atividades Imobiliárias
19. Agências de Viagens, Operadores Turísticos e Serviços de Reserva
20. Estética: Salões de Beleza, Barbearia e afins
21. Postos de Combustíveis
22. Farmácias e Drogarias
23. Hipermercados, Supermercados, Mercados e Mercearias
24. Construção Civil
25. Indústria de Transformação e similares
26. Depósitos e Distribuidoras
27. Correios
28. Locadoras de Veículos
29. Clinicas e Laboratórios
30. Clínicas Odontológicas
31. Rede Hoteleira
32. Igrejas
33. Serviços de Transporte de Carga Estadual e Municipal
34. Serviço Público e Privado de Transportes
35. Pet Shops, Produtos para Animais, Medicamentos Vet. e Comércios de Insumos Agrícolas
36. Serviços de Escritório, de Apoio Administrativo, Serviços Financeiros, Serviços de Seguros e outros serviços prestados – escritórios e profissionais liberais.
Ainda de acordo com o governo, os protocolos de higiene obrigatórios incluem: promover boa higiene das mãos, afastar trabalhadores do grupo de risco, adiar viagens a negócios, estimular o trabalho remoto; higienizar ambientes, equipamentos e superfícies; limitar a entrada de visitantes, abrir janelas e desligar o ar condicionado, além de afastamento de trabalhadores com sintomas.
Informação
O chefe do Executivo garantiu que a população, ao longo dos próximos dias, com a retomada da economia, será informada. “Toda sexta-feira vamos dar à sociedade dados sobre a doença no Estado. Se cada semana demostrar a segurança, vamos avançar. Caso contrário, vamos retrocedendo”, adiantou Helder.
O programa estará pautado em três pilares: economia, saúde e protocolos. Na saúde, serão avaliados a evolução da doença, como o crescimento dos casos, impacto em grupos de riscos. Também serão avaliados a capacidade do sistema de saúde, com disponibilidade de leitos e testagem e monitoramento da transmissão.
Sobre os protocolos e vulnerabilidade econômica, o plano exigirá questões de higiene nos locais de trabalho, considerando a vulnerabilidade de cada setor. O plano também pede o engajamento do cidadão, com a adesão da população às restrições e conhecimentos sobres as medidas de higiene.
Ainda durante a pandemia, o governador informou que houve 10% de desaceleração na economia do Estado e queda de 20% de arrecadação durante a pandemia, mas disse que os setores da mineração e do agronegócio foram positivos. O governo garante que foram investidos R$ 500 milhões este ano, em meio à crise do novo coronavírus.
Além de Barbalho, participaram da coletiva o secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame; o presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado; Procurador-Geral do Estado, Ricardo Sefer; e o reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Marcel do Nascimento Botelho.
Marcel Botelho disse que Belem tem uma grande influência na curva de todo o Estado. “Na Região Metropolitana, temos certeza, e a curva alerta isso, de que estamos em estágio decrecente. Dessa forma, temos certeza que fazer a retomada está segura, mostrando a tendência. Mas, se houver qualquer alteração, vamos tomar as medidas necessárias para que o pilar da saúde seja preservado”. (Liberal)