Consumada a expulsão do Superintendente do Incra em Marabá, Raimundo Oliveira, das fileiras do PT Pra Valer, os deputados Zé Geraldo e Bernadete ten Caten se esgrimam para instituir a reserva de mercado eleitoral.

Com a esfarrapada desculpa de que o moço teria “descumprido acordos” e exposto, ao olhar público, “divergências internas” da tendência, a tal resolução do PT Pra Vale escorraçando Oliveira da seara bernazeziana configura ato de puro stalinismo e, arregaça, de vez, o temor da dupla com o advento da concorrência interna.

Velhos caciques de uma geração petista rancorosa, e cada vez mais acuada pelas transformações impostas pela sociedade, Bernadete e Zé terão, agora, de prestar contas de seus atos às dezenas de lideranças do Partido dos Trabalhadores, de dezenas de municípios do Sul do Pará, que não os aceitam mais como seus representantes políticos.

Tanto não os aceitam que deixaram isto claro ao optar pela escolha de Raimundo Oliveira pré-candidato a deputado estadual.

O ato de expulsão da tendência petista do superintendente do Incra, serve como enredo pedagógico –  no curso de um processo de relacionamento político podre e atrasado – para sinalizar a máxima de que “enquanto houver tempo pra vingança, faça-se vingança”.

Ato vingativo ao feitio de sentimentos totalitários.

Nada mais que isto.