Somente agora chega às mãos do pôster jornal narrando afirmativa  do presidente vitalício da Federação da Agricultura do Pará (Faepa), o dinossáurico Carlos Xavier, segunda a  qual existe um “poder paralelo” no Estado do Pará, “incentivado pela impunidade”.

Na esteira da declaração feita durante o 36º Encontro Ruralista, Xavier liderou movimento interno que culminou com a publicação de uma tal “moção” que pede intervenção no Estado.

Lá pelas tantas, o documento reacionário diz que encaminhará ao Supremo Tribunal Federal requerimento “objetivando o prosseguimento dos processos de intervenção federal neste Estado já em curso, em relação ao não cumprimento de decisões judiciais que determinam a reintegração de posse em várias propriedades invadidas”.

No final do texto, reforça: “da mesma forma, que sejam ajuizados novos pedidos de Intervenção Federal junto ao Tribunal de Justiça do Estado, para produtores na mesma situação e que ainda não tenham requerido essa medida.”

A Faepa quer duas intervenções federais no Pará!

O documento não mereceu nenhuma análise dos tais formadores de opinião.

E, mais uma vez, Xavier e troupe mostram como o chamado “setor produtivo” do Pará encara com leveza e simplicidade processar encaminhamentos de pedidos de intervenção federal num Estado que tem suas instituições de poder funcionando normalmente.

Na visão deles, os pedidos de reitegração de posse precisam ser feitos a toque de guerra – como se vivéssemos nos tempos navalhas da ditadura.

É a cultura da força e da prepotência querendo sobrepujar-se.