Pela primeira vez se toma conhecimento de uma prática ´criada´ pelo obscuro submundo dos agiotas: o atravessador da operação. É o que acabou de contar o réu Chico Ferreira ao juiz Raimundo Moisés Flexa, no tribunal do Júri, em Belém, descrevendo como funcionava o mecanismo de empréstimo de grana para financiar campanhas eleitorais.

O mais incrível que se pode tirar do depoimento do acusado de ter mandado matar os irmãos Novelino era a sua intenção, em conjunto com os assassinados, de montar uma factoring – empresa constituída legalmente para emprestar dinheiro.

Fácil deduzir o quanto os três (Chico e os dois irmãos) mantinham relações comerciais de sólidas ramificações.

Como se diz popularmente: farinha do mesmo saco.