O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que  a prefeitura de Altamira, no Pará, tomem todas as medidas cabíveis para cessar a poluição ambiental causada pelo aterro sanitário do município, instalado próximo à comunidade Santo Antônio de Pádua.

A construção do aterro sanitário de Altamira é cumprimento de obrigação referente ao processo de licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Entre as providências recomendadas pelo MPF está o fim de qualquer forma de contaminação dos recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, da região onde se encontra o aterro sanitário do município.

Além disso, o MPF recomenda que o local seja monitorado diariamente, para evitar a proliferação de aves que buscam alimento e ponto de descanso e que podem colocar em risco os pousos e decolagens no aeroporto do município.

A comunidade Santo Antônio de Pádua, domiciliada no Ramal Cipó Ambé, não foi consultada sobre a implantação do aterro sanitário na região. Atualmente, os moradores enfrentam a possibilidade de desenvolvimento de graves doenças por causa do consumo de água contaminada por chorume, assim como pela operação inadequada do aterro sanitário.