Carta Aberta dos Movimentos Sociais para a presidenta Dilma Roussef
São Paulo, 19 de junho de 2013
O Brasil presenciou nesta semana mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades.
Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.
Mais que um fenômeno conjuntural as recentes mobilizações demonstram a gradativa retomada da capacidade de luta popular. É essa resistência popular que possibilitou os resultados eleitorais de 2002, 2006 e 2010. Nosso povo insatisfeito com as medidas neoliberais votou a favor de um outro projeto. Para sua implementação esse outro projeto enfrentou grande resistência principalmente do capital rentista e setores neoliberais que seguem com muita força na sociedade.
Mas enfrentou também os limites impostos pelos aliados de última hora, uma burguesia interna que na disputa das políticas de governo impede a realização das reformas estruturais como é o caso da reforma urbana e do transporte público.
A crise internacional tem bloqueado o crescimento e com ele a continuidade do projeto que permitiu essa grande frente que até o momento sustentou o governo.
As recentes mobilizações são protagonizadas por um amplo leque da juventude que participa pela primeira vez de mobilizações. Esse processo educa aos participantes permitindo-lhes perceber a necessidade de enfrentar aos que impedem que o Brasil avance no processo de democratização da riqueza, do acesso a saúde, a educação, a terra, a cultura, a participação política, aos meios de comunicação.
Setores conservadores da sociedade buscam disputar o sentido dessas manifestações. Os meios de comunicação buscam caracterizar o movimento como anti Dilma, contra a corrupção dos políticos, contra a gastança pública e outras pautas que imponham o retorno do neoliberalismo. Acreditamos que as pautas são muitas, como também são as opiniões e visões de mundo presentes na sociedade.
Trata-se no entanto, de um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso à sociedade.
Diante do exposto nos dirigimos a V. Ex.a para manifestar nosso pleito:
Em defesa de políticas que garantam a redução das passagens do transporte público com redução dos lucros das grandes empresas.
Somos contra a política de desoneração de impostos dessas empresas.
O momento é propício para que o governo faça avançar as pautas democráticas e populares, e estimule a participação e a politização da sociedade. Nos comprometemos em promover todo tipo de debates em torno desses temas e nos colocamos à disposição para debater também com o poder público.
Propomos a realização com urgência de uma reunião nacional, que envolva os governos estaduais, os prefeitos das principais capitais, e os representantes de todos os movimentos sociais.
De nossa parte estamos abertos ao diálogo, e achamos que essa reunião é a única forma de encontrar saídas para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades. O momento é favorável. São as maiores manifestações que a atual geração vivenciou e outras maiores virão. Esperamos que o atual governo escolha governar com o povo e não contra ele.
Assinam:
ADERE – Associação dos Trabalhadores Assalariados Rurais de MG
Assembléia Popular
Jornalistas do Barão de Itararé
CIMI – Conselho Indigenista Missionário
CMP – Central de Movimentos Populares
MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
CMS – Coordenação de Movimentos Sociais
Coletivo Intervozes pela Democratização dos Meios de Comunicação
CONEN – Coordenação Nacional das Entidades Negras
Consulta Popular
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Fetraf – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
FNDC – Fórum Nacional pela Democratização da Mídia
FUP – Federação Única dos Petroleiros
Juventude Koinonia (das Igrejas Cristãs Tradicionais)
Levante Popular da Juventude
MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
MAM – Movimento Nacional pela Soberania Popular frente à Mineração
MCP – Movimento Camponês Popular, de Goiás
MMM – Marcha Mundial de Mulheres
Movimentos da Via Campesina
MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
SENGE/PR – Sindicato dos Engenheiros do Paraná
Sindipetro – Sindicato dos Petroleiros de São Paulo
SINPAF – Sindicato dos Trabalhadores e Pesquisadores da EMBRAPA e Codevasf
UBES – União Brasileira de Estudantes Secundaristas
UBM – União Brasileira da Mulher
UJS – União da Juventude Socialista
UNE – União Nacional dos Estudantes
UNEGRO – União Nacional do Negro
ALDEMIRA AGUIAR
3 de julho de 2013 - 08:45CONCORDO PLENAMENTE COM AS REINVINDICAÇÕES DO POVO BRASILEIRO.(que também são minhas) E COM AS CRÍTICAS AO GOVERNO, MAS ACHO QUE O CÂNCER QUE CORRÓI A NAÇÃO, É A MÁ ÍNDOLE DA GRANDE MAIORIA DO POVO BRASILEIRO! A DESONESTIDADE EXISTE ATÉ NA DISTRIBUIÇÃO DA MERENDA ESCOLAR ,NOS LUGARES MAIS ISOLADOS DO PAÍS…A INTENÇÃO DO GOVERNO É BOA ,PORÉM OS SERVIDORES DESDE OS CARGOS MAIS SIMPLES, NÃO AJUDAM… (É DO GOVERNO? ENTÃO VAMOS ROUBAR PQ OS GRANDES TAMBÉM ROUBAM) E NÃO É POR AI…
NÃO VOTEI NA DILMA, MAS NÃO A CRITICO TÃO SEVERAMENTE, POIS ELA NÃO TEM FORÇAS PRA CORRIGIR ERROS POLÍTICOS ARRAIGADOS NOS TRÊS PODERES, HÁ DÉCADAS !
SERVIDOR PUBLICO
26 de junho de 2013 - 12:28todas essas reivindicações são de extrema importância para o país, mas a verdade é que a bandalheira que arrebenta com o povo brasileiro acontece exatamente em escala local, ou seja nas mais de cinco mil prefeituras de todo o pais, onde a relação promíscua entre prefeitos e vereadores facilita a formação de verdadeiras quadrilhas com o único intuito de praticarem a rapinagem institucionalizada e legitimada pelo próprio povo que vai às urnas de quatro em quatro anos, ou acha-se mecanismos para mudar essa realidade ou definitivamente o país não vai pra lugar nenhum.
Francisco Sampaio Pacheco
25 de junho de 2013 - 14:42Caros,
O País demorou mas acordou!
O País enfim, entendeu que ficando mudo, nada mudará!
O País entendeu que, perigoso é ficar calado!
O País através dessa massa maravilhosa, com manifestações faz esses políticos corruptos estremecerem de medo, pois não sabem dominar seus instintos gananciosos, como não se bastasse toda uma regalia ao seu dispor!
A Dilma muito sabiamente, propõem PLEBISCITO, se bem que haverá resistências pelos mascarados políticos, e quem sabe até JURISTAS!
Enfim, se não for possível convocar uma constituinte, que se faça mudanças através de emenda ou de um outro meio.
O povo nesse caso, é a voz de DEUS, que deverá varrer, jogar no lixo nas próximas eleições uma corja de políticos safados! Um bando de Valérios!
Saudações marabaenses
Antonio Carlos Pereira Santos
25 de junho de 2013 - 13:41Sr. Hiroshi, fala-se nisso, naquilo, vai-se em cima, em baixo, mas nada se diz – nem faz – para, pelo menos, diminuir a corrupção existente em Brasília e no resto do país. A Presidente Dilma(PT), enquanta mandataria maior, tem obrigação de tomar medidas que evitem esse câncer quer corrói as finanças do país há décadas e décadas. Outro dia lí matéria dando conta sobre estudo, de que, a cada RS 10,00 desviado de sua finalidade, só se recupera RS 2,00 . Ora, pode-se até não acabar com o cancro, mas se recuperassemos RS 8,00 já me daria por satisfeito. As autoridades e orgãos de segurança investigativos sabem – a exemplo dos governantes – quem são os bandidos de colarinho branco de Brasília e dos Estados da Federação. Os maus exemplos aí estão : É Cachoeira, Jáder, que já enriqueceram vivendo só da política, sem explicação plausível para o que hoje ostentam, Mario Couto, Jatene, Flexa Ribeiro usam o mesmo “modus operandi” e vai por aí….Em 25.06.13, Marabá-PA.
Empresaria
25 de junho de 2013 - 10:59Gostaria de deixar aqui meu comentário.
Apoio o que os brasileiros tem feito nestes ultimos dias, acho que todos chegaram ao limite e que está na hora dos politicos saberem que quem manda somos nos O POVO BRASILEIRO.
Mas gostaria de lembrar que fomos nos que colocamos estes politicos que tanto nos envergonham HOJE e SEMPRE, que não podemos esqueçer do que estamos solicitando AGORA nos dias das eleições, quando estes distribuem “presentinhos”.
Devemos nos lembrar de que as pequenas empresas tambem “tocam” este PAIS.
Gostaria de pedir que não esqueçam de NOS, que solicitem a redução dos impostos que NOS cobam, que são elevados e muitas vezes utilizados pelos nossos governantes de forma particular ou errônea.
Com esta redução poderemos repassar as pessoas que estão ao nosso lado no dia a dia, ou seja, aos nossos colaboradores.
marabaense atento
24 de junho de 2013 - 19:41Reunião agora a pouco em brasília com prefeito e 27 governadores tem novidade aí.dilma mostrando como é que se governa com serenidade e respeitando as vozes das ruas. de uma novidade já tô gostando plebiscito para reforma política e pacto pela mobilidade urbana pública chega de empresa privada mandando no transporte público .