Mais um jovem foi assassinado em Marabá.
Por volta das 23 horas, de sábado, em frente a um supermercado, na Folha 16, Núcleo Nova Marabá, um rapaz foi abatido a tiros quando rondava a rotatória da avenida, próximo a uma frequentada casa noturna.
O jovem foi executado.
Segundo a polícia, “acerto de contas”.
Em outras palavras: sujeito usado como preposto de traficantes, devedor de venda de drogas.
A execução do rapaz, como tantos outros ocorridos ao longo dos anos, já é fato “normal”.
Ninguém move qualquer tipo de emoção, diante da barbárie
Mais um episódio a demonstrar o quanto é necessário a sociedade assumir o protagonismo no debate sobre a segurança pública.
Marabá já foi considerada a cidade brasileiro onde mais se mata jovens.
Pode ter saído do ranking vergonhoso de liderar a estatística, mas nada mudou.
Toda semana aparece uma pessoa fuzilada.
Quando os números são analisados com o recorte de gênero, étnico racial e etário verifica-se que a maioria expressiva dos óbitos é de jovens, homens e negros.
São números de um ambiente de guerra.
Situação trágica.
Brutalidade que deveria causar indignação, mas para tantos não passa de indiferença.
São ocorrências que preenchem as páginas impressas dos jornais e o noticiário televisivo.
No entanto, infelizmente, parte considerável da exposição midiática não contribui para o debate que pontue questões que estão no cerne de tamanha violência.
Enquanto isso, o primitivismo se expande.
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Atualização às 10h26
O rapaz atingido por quatro tiros, na Nova Marabá, não morreu.
Trata-se de Felipe Pales Rodrigues, 35 anos, supostamente envolvido com o tráfico.
Matéria assinada por Luciana Marschall, do jornal Correio, informa que a vítima está internada no Hospital Municipal.