O título pode ser o primeiro de uma série de outros posts comentando a Dilma Presidente.

Como ela deverá se revelar, ao assumir a direção do país, a partir de janeiro.

Alguns, arreganhados pela imprensa, comprovam aquilo que o poster aventava durante a campanha, em total apoio à sua candidatura.

Em menos de cinco dias, os mais importantes Momentos Dilma.

Ato 1- Deu um chega pra lá no governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), desmentindo-o, publicamente, através de posta-vozes da equipe de transição, sobre a escolha do futuro ministro da Saúde.

É evidente a acolhida de Dilma à sugestão de Sérgio Côrtes, secretário de Saúde do Rio, para ocupar a pasta. Dilma já havia revelado gostar da forma como o auxiliar de Cabral trabalha e dos programas de saúde idealizados por ele no Rio.

Ao divulgar em entrevista a provável escolha do moço como futuro ministro, o governador avançou o sinal, colocou Dilma retrancada diante do um PMDB indócil e, sem pestanejar, mandou dizer que não havia convidado ninguém.

Feio para Cabral.

Ato 2- Entrevistada pelo jornal ‘Washington Post’, Dilma deixa escancarado que não deverá seguir a linha de Lula em relação ao Irã.

O que ela disse, ao ser indagada sobre a abstenção do Itamaraty na votação em que o Comitê de Direitos Humanos da ONU aprovou resolução contra o Irã, no caso da iraniana Sakine, condenada à morte pelo regime dos Aiatolás?

                    – Não sou presidente do Brasil, mas me sentiria desconfortável como uma mulher presidente eleita em não dizer nada contra o apedrejamento. (…) Minha posição não vai mudar quando eu tomar posse. Eu não concordo com a forma como o Brasil votou. Não é a minha posição.

Ato 3 – Nesta segunda-feira, 6, outro Momento Dilma.

Ela mandou divulgar sua intenção de deixar fora da partilha política a direção da Infraero, decidindo nomear executivo do mercado. Ou seja, alguém com perfil eminentemente técnico.

O que isso significa?

Uma patada nas intenções nada republicanas do PMDB de controlar a empresa responsável pela preparação dos aeroportos do país, com vistas à Copa do Mundo.

E os cardeais peemedebistas já chiaram, mandando recadinhos de que no Congresso Nacional poderão dar o troco.

Mas, como revelou o futuro ministro Gilberto Carvalho, o melhor mesmo é o pemedebê encurtar o fôlego.

Disse Gilberto:

                       – Quero dizer que não convém nunca subestimar a Dilma. Quem o fez quebrou a cara na campanha eleitoral. Ela mostra uma capacidade de aprendizado e de habilidade política surpreendentes. (…) Ninguém engana a Dilma nem deve achar que na base do grito vai levar alguma coisa. A pior coisa que tem é botar a faca no pescoço dela, porque aí a reação é mais dura. Ela não será refém.